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‘Bezerra de ouro’: Justiça condena 5 pessoas por esquema de desvio de dinheiro no BRB


Caso, investigado desde 2007, envolve o ex-governador e ex-senador Joaquim Roriz. Condenados devem pagar, ao todo, R$ 5 milhões aos cofres públicos; g1 tenta contato com envolvidos. Joaquim Roriz, ex-governador do DF
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
A Justiça do Distrito Federal condenou cinco pessoas por um esquema de desvio de dinheiro no Banco de Brasília (BRB), em 2007. O escândalo ficou conhecido, na época, como “bezerra de ouro” e envolveu o ex-governador e ex-senador Joaquim Roriz.
Roriz recebeu dois cheques do empresário Nenê Constantino e, à época, alegou que o dinheiro seria usado para comprar o embrião de uma bezerra. Além do ex-governador, Tarcísio Franklim de Moura, Nenê Constantino, Ari Alves Moreira e Benjamin Roriz devem devolver, ao todo, R$ 5 milhões aos cofres públicos.
O g1 entrou em contato com as defesas dos condenados, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Com a morte de Joaquim e Benjamin Roriz, cabe aos herdeiros pagarem os valores devidos.
Os condenados também ficam proibidos de contratar com o poder público e ficam com os direitos públicos suspensos. Se forem funcionários públicos, perdem a função. O Ministério Público do DF continua investigando o destino final do dinheiro para propor um ação criminal.
Relembre o caso
Os investigadores fizeram escutas telefônicas, com autorização da Justiça, e captaram conversas entre Joaquim Roriz, à época senador pelo PMDB, e Tarcísio Franklim de Moura, então presidente do BRB.
Os dois falavam sobre a partilha de um cheque de cerca de R$ 2,2 milhões. O Ministério Público afirmou que Roriz usou sua influência política para que o cheque fosse descontado. Os valores foram emitidos pela Agrícola Xingu, do empresário Nenê Constantino.
O empresário descontou o cheque com ajuda de Ari Alves Moreira, então diretor administrativo do BRB, e de Benjamin Roriz, ex-secretário de governo. Ainda segundo o Ministério Público, o cheque descontado pelo BRB era do Banco do Brasil.
Carreira política
O escândalo foi prejudicial para a vida política de Joaquim Roriz. Em julho de 2007, ele renunciou ao mandato de senador para evitar um processo de cassação e não correr o risco de ficar inelegível. Mesmo assim, o ex-governador caiu na Lei da Ficha Limpa e não se elegeu mais.
Em 2010, Joaquim Roriz se candidatou ao GDF, pelo PSC, mas foi barrado pela Justiça e passou a campanha para a mulher, Weslian Roriz. Ela chegou ao segundo turno das eleições, mas perdeu para Agnelo Queiroz (PT).
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

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