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Após repercussão negativa, Lula pressiona Fazenda por recuo na MP do comércio eletrônico

O presidente Lula convocou uma reunião ontem no Palacio da Alvorada para pedir uma saída da Fazenda em relação a cobrança de imposto das varejistas asiáticas.
O presidente está preocupado com a repercussão negativa nas redes sociais da medida. Chegou na reunião a falar sobre isso. A primeira-dama Janja também apelou ao presidente alegando que a medida era impopular.
O ministro Fernando Haddad anunciou o aperto na fiscalização das asiáticas como uma das medidas para incrementar a arrecadação.
Hoje, a regra prevê uma brecha ao não cobrar tributação de quem importa de pessoa física ate 50 dolares. A equipe econômica quer fechar o cerco nesse canal, tributando as asiáticas que passem por pessoa fisica.
O governo ainda discute como seria o recuo. Uma das possibilidades seria suspender a decisão de tirar a isenção dos 50 dólares, mas manter o certo para as empresas que se passam por pessoa física. A medida, na prática, manteria a ideia da equipe econômica de cobrar. Mas seria mais palatável do ponto de vista da comunicação.
A medida traria cerca de 8 bilhoes de reais, num total de 155 bilhões que a Fazenda pretende recolher a mais com as medidas de melhora na arrecadação. de pessoa física para pessoa física.
Um ministro que participou da reunião disse ao blog que Lula quer manter a isenção de pessoa física para pessoa fisica argumentando que não quer “afetar as pessoas comuns”.
Ocorre que várias das asiáticas usam essa brecha para não pagar o tributo de importação mas o presidente alegou que  Shopee e AliExpress não usam esse mecanismo- mas, sim, outras como a She-in.
Nos bastidores, o palácio do planalto avalia que a receita errou quando barreirinhas deu entrevista ao uol em que ele anunciava justamente o fim da isenção de pessoas físicas. Barreirinhas é homem de confiança do ministro Fernando Haddad0 mas foi criticado pelo entorno de Lula que pressiona pelo recuo. 
Segundo dois ministros ouvidos pelo blog, Lula tem repetido que o foco tem que ser a fiscalização de quem usa e não o fim da isenção. 
“Vamos tomar todas as medidas para evitar a simulação entre pessoas físicas mas o presidente não quer mudar a regra”, disse um integrante do Planalto ao blog.

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