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Romance de presidente da Organização dos Estados Americanos com funcionária não foi erro grave de conduta, conclui investigação


Uma investigação independente de 121 páginas concluiu que Almagro não cometeu nenhum erro grave de conduta ao manter relação com uma de suas funcionárias, mas que ele não foi sensato. OEA condena os ataques à sede dos Três Poderes em Brasília
No ano passado, por meio de uma denúncia anônima, Luis Almagro, o presidente da Organização dos Estados Americanos (OAS), passou a ser investigado por ter uma relação íntima com uma funcionária.
Uma investigação independente de 121 páginas concluiu que Almagro não cometeu nenhum erro grave de conduta ao manter relação com uma de suas funcionárias, mas que ele não foi sensato.
O relatório final não chegou a afirmar explicitamente que Almagro foi inocentado de todas as acusações que enfrentou, mas não fez nenhuma recomendação específica para ele.
Ele mesmo, no entanto, já afirma que é inocente: “O relatório me isenta de toda responsabilidade, aceito e valorizo especialmente as recomendações feitas”, disse ele.
Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), durante coletiva em Washington, nos EUA, em 29 de maio
Mary F. Calvert/ Reuters
Romance entre Almagro e uma mexicana
A investigação centrou-se no que o relatório considerou ser uma relação consensual entre Almagro e uma mulher nascida no México. O romance deles, que começou em meados de 2018, tornou-se de conhecimento comum dentro da OEA, e o casal não fez nenhum esforço para escondê-lo.
As diretrizes da OEA dizem que relacionamentos íntimos são permitidos, a menos que interfiram no desempenho das funções ou prejudiquem outros funcionários. Também determina que os gerentes não devem participar da “supervisão ou avaliação” de seus parceiros românticos.
A funcionária não foi nomeada no relatório. Ela está em licença sem data para voltar desde meados de 2022. Os dois se separaram no ano passado.
A investigação determinou que Almagro não violou as regras da OEA sobre “supervisão de pessoal, decisões salariais, intimidação, viagens ou conflito de interesses” e não exerceu abuso de poder em relação à funcionária.
O trabalho dela era supervisionado por outras pessoas e Almagro não participou de suas promoções ou aumentos salariais.
Os investigadores descobriram, no entanto, que Almagro “violou as regras e regulamentos relativos às provisões de bom senso” e violou algumas “responsabilidades éticas adicionais”.
Mas os investigadores suavizaram essa conclusão afirmando que não havia evidências de que essas violações fossem intencionais. Ele chegou a perguntar a consultores se o relacionamento era um conflito de interesses e foi informado que não.
O relatório determinou, no entanto, que o relacionamento havia deixado alguns dos subordinados de Almagro desconfortáveis e o repreendeu por não ter dissipado a percepção errônea de que ela era uma conselheira próxima. Também disse que ele cometeu uma transgressão ética ao permitir que ela trabalhasse perto dele enquanto estavam romanticamente envolvidos.

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