O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quarta-feira (8) de cerimônias em memória aos ataques antidemocráticos ocorridos na mesma data, em 2023. Estão incluídas apresentações das obras de arte que haviam sido danificadas e que foram restauradas, encontro com autoridades e abraço simbólico na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).
Na segunda (6), o Planalto começou a receber parte das obras restauradas, como o quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti — principal peça do Salão Nobre do Palácio. Também já haviam chegado no mesmo dia a escultura de parede em madeira do artista Frans Krajcberg, e a escultura em bronze “O Flautista”, de Bruno Giorgi.
Na terça-feira (7), o relógio de Balthazar Martinot, uma peça de pêndulo datada do século XVII presente da Corte Francesa para Dom João VI, também retornou ao Palácio do Planalto após passar por restauração. A destruição do objeto ficou marcado como um dos símbolos do ataque antidemocrático.
As obras restauradas serão oficialmente reintegradas ao acervo do governo em uma cerimônia nesta quarta. O processo foi feito graças a um acordo de cooperação técnica com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que assumiu os custos do trabalho realizado por uma equipe de dez restauradores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Programação
A primeira parte vai acontecer na Sala de Audiências, do Palácio do Planalto, às 9h30, com a reintegração das obras de arte. Depois, no 3º andar do prédio, ocorrerá a apresentação da obra de Di Cavalcanti com a participação de alunos do Projeto de Educação Patrimonial.
Em terceiro momento, será realizada cerimônia com a presença de autoridades, no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados foram convidados, mas não devem comparecer: Rodrigo Pacheco está em viagem internacional, e deve ser representado pelo vice, enquanto Arthur Lira não tem a cerimônia em sua agenda oficial.
Lula também convidou embaixadores que representam seus países no Brasil durante o evento. Do STF, o vice-presidente, ministro Edson Fachin, vai representar a Corte no evento.
Só após esses compromissos que o presidente brasileiro fará o abraço pela democracia, na Praça dos 3 Poderes, no qual irá descer a rampa do Planalto com as autoridades para se encontrar com o público.