Aluno negro diz ter sido chamado de ‘africano’ por professora e deixa de frequentar aulas, em Franca

Caso teria acontecido com estudante do primeiro ano do ensino médio da Escola Estadual Dr. João Marciano de Almeida. Secretaria de Educação afirma que docente foi convocada para reunião. Um aluno negro do primeiro ano do ensino médio da Escola Estadual Dr. João Marciano de Almeida, em Franca (SP), deixou de frequentar as aulas após dizer que foi chamado de “africano” por uma professora da unidade.
À EPTV, afiliada da TV Globo, o adolescente relatou que a aula já tinha acabado quando uma docente de geografia disse que o “japonês vai sentar lá no fundo, e o africano aqui na frente” ao posicionar os amigos na sala.
Os pais da vítima procuraram a direção da escola e depois decidiram registrar um boletim de ocorrência. Sem se identificar, eles enfatizaram a tristeza e indignação pelo caso.
“Dói muito. Dói muito para o pai, para a mãe, para o filho. Dói muito”, diz o pai.
“É complicado. A gente fica muito chateada, porque o racismo tem que acabar. É só mudança de pele, gente, só mudança de pele. Por dentro, somos iguais, o sangue é vermelho. Sangue de branco e negro é tudo da mesma cor”, afirma a mãe.
Pais de aluno que teria sido chamado de ‘africano’ por professora em Franca
Reprodução/EPTV
O que diz a Secretaria de Educação?
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que “todas as providências administrativas cabíveis foram adotadas” e que a direção da escola convocou a professora e os responsáveis pelos alunos para uma reunião.
“O Programa de Melhoria da Convivência e Proteção escolar (Conviva-SP) e a gestão da escola estão à disposição para o atendimento de demandas do estudante”, complementou.
Escola Estadual Dr. João Marciano de Almeida, em Franca (SP)
Reprodução/EPTV
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