Apesar do país registrar o menor índice de desemprego desde 2012, segundo o IBGE, o Estado do Rio de Janeiro conta com uma das maiores diferenças entre os salários dos mais pobres e dos mais ricos. Informalidade preocupa especialistas. RJ está entre os cinco estados com mais desempregados do Brasil
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O Rio de Janeiro está entre os cinco estados com as maiores taxas de desemprego do Brasil em 2024, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do resultado nacional apontar que a taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,1% no trimestre terminado em novembro – a menor taxa de desocupação de toda a série histórica da PNAD – o RJ conta com uma das maiores diferenças entre os salários dos mais pobres e dos mais ricos.
A realidade do Rio de Janeiro está distante dos vizinhos do Sudeste e muito próxima dos estados nordestinos, a região mais pobre do país.
Desemprego fica em 6,1% e taxa é a menor da série histórica
Quando o assunto é desemprego, o Rio só está melhor do que Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte e do Distrito Federal, segundo o IBGE.
Maiores taxas de desemprego:
Pernambuco: 10,5%
Bahia: 9,7%
Rio Grande do Norte: 8,8%
Distrito Federal: 8,8%
Rio de Janeiro: 8,5%
Segundo o pesquisador Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a renda dos trabalhadores do Rio de Janeiro está crescendo menos do que nesses outros estados citados pela pesquisa.
“O Rio de Janeiro tem um grau de informalidade trabalhista muito alto, quase nordestino. Existe uma desigualdade trabalhista no Rio maior do que no Brasil. Não tem nenhum estado do Nordeste com uma desigualdade trabalhista menor do que a do Rio”, disse Marcelo.
“Enquanto o Nordeste está crescendo a renda trabalhista 10%, no Rio de Janeiro está avançando 0,77%. No Sul está crescendo a 7%, no Sudeste, a 6%. Isso mostra uma relativa estagnação fluminense”, completou o pesquisador.
Para os especialistas, o grande problema no Rio é o aumento no número de trabalhadores informais.
Cresce o trabalho informal no Rio
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