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Palestino-americanos processam governo dos EUA por discriminação ao abandoná-los na Faixa de Gaza


Eles alegam que autoridades não fizeram o mesmo esforço que fariam para resgatar americanos de outras origens. Ataques de Israel mataram 45 mil no território palestino. Pessoas fazem orações ao lado dos corpos de palestinos que foram mortos em um ataque israelense, no hospital Nasser em Khan Younis, na Faixa de Gaza
Hatem Khaled/Reuters
Nove palestino-americanos processaram o governo dos Estados Unidos nesta quinta-feira (19) sob alegação de que foram abandonados na Faixa de Gaza, território palestino que se tornou uma zona de guerra desde outubro de 2023, informou a agência de notícias Reuters. Mais de 45 mil pessoas morreram em ataques israelenses nesse período.
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Na ação, eles afirmaram que o governo americano falhou em resgatá-los ou a membros de suas famílias. Para o grupo, as autoridades não fizeram o mesmo esforço que fariam para resgatar e proteger americanos de outras origens em situações semelhantes.
Segundo a agência, este foi o segundo caso de processo contra o governo dos EUA nesta semana envolvendo a Palestina. Na terça-feira (17), famílias palestinas processaram o Departamento de Estado dos EUA devido ao apoio de Washington ao exército de Israel.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que não comenta litígios em andamento, mas afirmou que a segurança de cidadãos americanos ao redor do mundo é uma “prioridade máxima.”
O processo desta quinta-feira foi anunciado pelo grupo de defesa Conselho de Relações Americano-Islâmicas e pela advogada Maria Kari, e apresentado no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Norte de Illinois.
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A ação alega que o direito dos autores à proteção igualitária sob a Constituição dos EUA foi violado ao privá-los “dos esforços normais e típicos de evacuação que o governo federal estende a americanos que não são palestinos.”
O processo menciona exemplos comparáveis de resgates realizados pelo governo dos EUA em zonas de conflito, como no Afeganistão, Líbano e Sudão, e nomeia o presidente Joe Biden, o secretário de Estado, Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, como réus.
O porta-voz do Departamento de Estado afirmou que os EUA já evacuaram americanos de áreas perigosas ao redor do mundo, incluindo Gaza.
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