Filho do Homem da Meia-Noite e da Mulher do Dia uniu foliões para formalizar namoro com a boneca Vaidosa e arrastou foliões na Cidade Alta. Faltando menos de três meses para o carnaval 2025, uma prévia nas ladeiras de Olinda celebrou o romance de dois bonecos gigantes: a Vaidosa e o Menino da Tarde, filho dos dois brincantes mais famosos dos festejos na cidade, o Homem da Meia-Noite e a Mulher do Dia.
O amor de muitos carnavais foi comemorado por centenas de foliões, puxados pela orquestra do maestro Oséas Leão (veja vídeo acima).
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A Vaidosa é a musa do carnaval. Bonita, charmosa e imponente, a boneca gigante se enfeitou para ir ao encontro do amado que conheceu nas ladeiras da Cidade Alta. Dizem que foi amor à primeira vista.
Esse é o segundo “relacionamento” entre bonecos gigantes de Olinda, considerados patrimônio cultural imaterial de Pernambuco. O primeiro foi o do Homem da Meia-Noite com a Mulher do Dia, em 1990 (veja mais abaixo).
A ideia do romance foi da cantora e passista de frevo Maria Flor, quando ambos desfilaram durante uma apresentação da Frevodrilha, uma quadrilha junina ao som de frevo.
A Vaidosa foi criada há 30 anos por Edmilson Nascimento, para representar a feminilidade e a resistência das mulheres. De tranças e cheia de graça, a boneca gigante comanda a troça tradicional do subúrbio de Guadalupe, em Olinda.
Já o Menino da Tarde foi criado em 1974 por Silvio Botelho, artista plástico que criou centenas de bonecos gigantes do carnaval de Pernambuco.
Homem da Meia-Noite e Mulher do Dia
O Homem da Meia-Noite e a Mulher do Dia casaram no carnaval de 1990, nas ladeiras da Cidade Alta, em Olinda
O primeiro “matrimônio” entre bonecos gigantes ocorreu há 34 anos, em 10 de fevereiro de 1990, unindo o Homem da Meia-Noite, criado em 1931, e a Mulher do Dia, “nascida” em 1967. A ideia foi de Sílvio Botelho, que queria chamar mais atenção para os personagens.
A história contada na época foi que o casamento buscava legitimar os “filhos” do casal, o Menino da Tarde e a Menina da Tarde, criada em 1978. O boneco Parou Por Quê, que desfila nas sextas-feiras de carnaval, foi quem celebrou a união, num altar montado no Sítio Histórico de Olinda.
Na encenação, a boneca Zeu causava escândalo dizendo que tinha um caso com o Homem. O Demo também atentava o casamento para ele não acontecer. O boneco do cantor Alceu Valença foi a atração musical do festejo.
Desde o casamento, todos os anos a Mulher do Dia encontra o Homem da Meia-Noite durante o percurso da troça nas primeiras horas do domingo de carnaval, na Praça do Bonsucesso.
Eles se cumprimentam, dão uma volta na praça, e, enquanto ele segue o trajeto, ela volta para casa para “descansar”, já que desfila mais tarde no domingo.
Casamento dos bonecos gigantes de Olinda Homem da Meia-Noite e Mulher do Dia, em 10 de fevereiro de 1990.
Reprodução/TV Globo
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