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Medalha Cruz e Sousa celebra os destaques da cultura de Santa Catarina

A FCC (Fundação Catarinense de Cultura) realizou, no último domingo (24), a entrega da Medalha Cruz e Sousa 2024, considerada a maior condecoração de Santa Catarina concedida ao setor cultural, e é entregue anualmente a personalidades de destaque, que tenham contribuído com o setor. A cerimônia, realizada no cinema do CIC (Centro Integrado de Cultura), ocorreu no dia do aniversário de 163 anos de João da Cruz e Sousa, o poeta catarinense que recebeu a alcunha de Cisne Negro, foi um dos principais representantes do simbolismo no Brasil.

Representantes da FCC e os oito homenageados com a Medalha Cruz e Sousa posam juntos para registrar o momento histórico

Representantes da FCC e os oito homenageados com a Medalha Cruz e Sousa posam juntos para registrar o momento histórico – Foto: Fabrício Almeida e Silva

O processo de escolha passou por consulta popular pela internet e, depois, houve validação dos vencedores pelo Conselho Estadual de Cultura. A Medalha Cruz e Sousa foi criada em 1994, por meio do decreto 4892/94.

Personalidades agraciadas com a Medalha Cruz e Sousa

Amilcar Neves

Nascido em Tubarão, Santa Catarina, Amilcar Neves mora em Florianópolis e escreve desde os 15 anos. Publicou centenas de crônicas em jornais catarinenses, foi premiado em 49 concursos literários no Brasil e no exterior, e participa de 47 coletâneas de ficção. Tem 12 livros publicados, foi diretor de Artes da Fundação Catarinense de Cultura e integrou o Conselho Estadual de Cultura. Ocupa a Cadeira 32 da Academia Catarinense de Letras.

Associação Dança Criciúma

A Associação Dança Criciúma opera como instituição jurídica desde 2008, e tem sua sede própria localizada em Criciúma. Contempla em suas ações oficinas culturais de breaking, hip hop dance, jazz, balé e capoeira, com atendimento semanal e gratuito para crianças, adolescentes e jovens da comunidade Vila Zuleima e região. O espaço é um Ponto de Cultura, Ponto de Memória e abriga a Casa de Hip Hop Flor e Ser.

Édio Nunes

Bacharel em direito pela UFSC, Édio iniciou a carreira de ator em 1962, no extinto Teatro Universitário de Santa Catarina. É um dos fundadores do já cinquentenário Grupo Armação, tendo participado de dezenas de montagens. Tem passagem marcante pelo cinema e vídeo catarinenses, estando presente em mais de 40 produções.

Em 2012, recebeu o Troféu Isnard Azevedo, como homenageado no 19º Floripa Teatro; e em 2014 foi premiado pela Academia Catarinense de Letras e Artes com a Medalha Waldir Brazil de Personalidade do Ano nas Artes Cênicas.

Eveline Orth

Eveline possui experiência de mais de 30 anos de atuação no mercado da produção cultural e eventos com foco principalmente no Sul, mas atuante em todo o país. Coordena e produz shows, festivais, turnês nacionais e internacionais e projetos.

Tem em seu currículo eventos como o show da cantora Beyoncé em Florianópolis, o Acústico Brognoli, Festival Bento em Dança e Natal Magia – Florianópolis; além de shows de nomes consagrados. Também é diretora da Associação Brasileira de Promotores de Eventos.

Jussara Xavier

Jussara atua como crítica, diretora, pesquisadora, professora, gestora, curadora, bailarina, ensaiadora, jurada, avaliadora, parecerista e coordenadora de projetos. Premiada em editais em todo o país, é também articuladora da Conexão Sul, foi professora na licenciatura em dança, em teatro e música da Furb, no curso tecnologia em produção cênica da UFPR e na licenciatura e bacharelado em teatro da Udesc.

É gestora de projetos, coordenadora e professora da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Dirigiu e coordenou diversos festivais de dança no Estado e atua como pesquisadora do Programa Rumos Itaú Cultural Dança e como redatora da Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras.

Foi bailarina dos grupos Raça, Álea e Cena 11 Cia de Dança. Publicou 13 livros sobre dança e dirigiu e produziu o documentário “Ballet Desterro: contemporaneidade na dança catarinense”.

Marcia Paraiso

Márcia é documentarista e realizadora audiovisual com filmes que privilegiam temáticas relacionadas à cultura popular, populações tradicionais e questões agrárias. Cidadã honorária de Lebon Régis, há 15 anos se dedica a dar visibilidade ao território onde aconteceu a guerra do Contestado e à população cabocla de Santa Catarina, utilizando o audiovisual como ferramenta de conhecimento, reconhecimento e debate.

Nilson Thomé

Nilson foi professor, historiador, jornalista e antropólogo. Publicou 35 livros e mais de 100 outras obras, entre livretes, capítulos em livros e artigos científicos. Doutor em educação, foi o idealizador, fundador e organizador do Museu Histórico e Antropológico da região do Contestado, de Caçador; da Fundação Empresarial e Tecnológica de Caçador; e da Fundação de Turismo do Vale do Contestado.

Participou do movimento que introduziu a educação superior em Caçador, em 1971, e manteve vínculo com a Universidade do Contestado desde sua constituição até 2010. Trabalhou como professor universitário até o seu afastamento médico para cuidar da saúde.

Osmarina Maria de Sousa

Natural de Florianópolis, Osmarina é uma das fundadoras de seis Academias de Letras de Santa Catarina e da Academia Brasileira de Contadores de História. Pertence à Federação Brasileira das Academias de Ciências e Artes, do Rio de Janeiro, cuja patrona é Joana D`Arc. É membra Emérita do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Tem um livro de poesias e 12 de crônicas editais. Osmarina foi aluna de Antonieta de Barros durante três anos.

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