Ambientalistas, surfistas, pescadores e mergulhadores participaram do ato no Arpoador em defesa do ‘cumpra-se’ da nova Lei das Praias Limpas. Grupo protesta pelo cumprimento da Lei das Praias Limpas
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Ambientalistas, surfistas, pescadores e mergulhadores participaram, na manhã deste sábado (15), de um ato na Praia do Arpoador pelo cumprimento da Lei Praias Limpas (9976/23), de autoria do deputado estadual Carlos Minc (PSB/RJ); sancionada há um mês.
Com faixa e cartazes, eles cobraram o governo estadual, prefeituras e concessionárias a retomada do programa de despoluição das praias do Rio.
Os manifestantes também promoveram uma coleta de garrafas PETs, baldes de plásticos e outros objetos que encontraram espalhados por Ipanema.
A manifestação marcou o lançamento da campanha pelo cumprimento da Lei Praias Limpas, que determina trabalho integrado entre órgãos públicos, do governo estadual e prefeituras, ONGs e concessionárias de água e saneamento para a promoção de ações de despoluição das praias do Rio de Janeiro; tanto da capital quanto das cidades costeiras do estado. A nova lei determina ações de despoluição de praias não apenas do ponto de vista de coleta e tratamento de esgoto, mas de limpeza das areias.
Segundo o deputado Carlos Minc (PSB), a Lei Praias Limpas visa à retomada do Programa Sena Limpa, que, até ser paralisado há dez anos, promoveu várias obras de despoluição de seis praias do Rio. Com intervenções como a de canalização de esgotos antes despejados nas praias e de desentupimento de galerias de águas pluviais, o programa avançou na despoluição das praias Vermelha, Copacabana e Ipanema, que passaram a estar próprias para o banho em mais de 85% das análises do ano.
A nova lei, ainda de acordo com o deputado, permite a retomada desse programa sob novas bases, ao determinar ações integradas entre órgãos públicos e iniciativa privada. Minc disse que as concessionárias de água e esgoto têm obrigações de também despoluir praias em trechos que estão atuando.
No Rio, um dos focos da retomada do programa será o avanço da despoluição da Praia do Leblon, com a retirada do esgoto hoje despejado no Canal de Visconde de Albuquerque; boa parte proveniente da Rocinha. Esse esgoto deverá ser canalizado para o emissário submarino de Ipanema. Minc lembrou a importância dessa obra, já que a Praia do Leblon permaneceu imprópria para o banho durante todo o verão.
Durante o ato, o presidente da Colônia de Pescadores Z-13 (Posto Seis), José Manoel Pereira Rebouças, lembrou a importância das pessoas se conscientizarem e não descartarem mais lixo nas areias. Boa parte acaba sendo carregada pela mare, poluindo o oceano e atrapalhando a pesca. “Tem sido intenso o nosso trabalho de recolhimento de lixo do mar, que acaba parando nas nossas redes. Isso atrapalha muito a nossa pesca. É óculos, é relógio, é brinquedo de criança, é impressionante como tem lixo no mar”, afirmou.
Já a diretora do Projeto Rebituca Rio, Andrea Cassas, levou para o evento a primeira prancha de surf feita a partir da reciclagem de guimbas de cigarro coletadas nas praias e também um totem para o recolhimento de bitucas. As pranchas são doadas para comunidades carentes, para estimular esse esporte e mostrar a importância da preservação ambiental das nossas praias. Ela espera agora apoio para a instalação dos totens nas praias.
“Nossa intenção é instalar esses totens em toda a orla. São bituqueiras, cinzeiros retornáveis, para começarmos a trabalhar a ideia do descarte correto das bitucas. Com as nossas pranchas e esses totens queremos estimular a educação ambiental e o engajamento de todos. As pessoas têm que abraçar a causa da limpeza das praias do Rio”, diz.
Ecologistas fazem protesto e cobram despoluição das praias do Rio
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