Com a segunda cesta básica mais cara do Brasil, os moradores de Florianópolis precisam trabalhar 124 horas ao mês apenas para pagar os alimentos básicos, considerando o salário mínimo de R$ 1.412. O valor de R$ 796,94 só não é mais caro que o de São Paulo, que chega a R$ 805,84.
Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Segundo o levantamento, o preço da cesta básica aumentou em todas as 17 capitais analisadas no último mês.
Em Florianópolis, o aumento foi de 3,72% entre setembro e outubro. Já contabilizando o período de janeiro a outubro deste ano, a capital catarinense teve o terceiro maior acréscimo no preço, com 5,07%. O atual valor, de R$ 796,94, corresponde a 61,02% do salário mínimo.
O Dieese também avalia qual deveria ser o salário mínimo considerando que, pela Constituição, ele deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Levando em conta o preço da cesta básica em São Paulo, o maior entre as capitais, o salário mínimo no Brasil deveria ser R$ 6.769,87, ou seja, 4,79 vezes o atual valor de R$ 1.412.
Entre os “vilões” da cesta básica, estão a carne bovina de primeira e o óleo de soja, que subiram em todas as capitais. Além deles, o café, o leite UHT e o tomate também registraram aumento em quase todas as cidades analisadas, incluindo Florianópolis.