Na área, é possível ver vários objetos pessoais como bolsas, sandálias e roupas. Prefeitura apoia famílias desabrigadas e terreno já foi escolhido para a construção de novas residências. Deslizamento em Aratuba completa um mês. Três pessoas morreram e mais de 45 pessoas ficaram desalojadas.
Isaac Macedo/SVM
Um mês após deslizamento que deixou três mortos e mais de 45 pessoas desalojadas em Aratuba, no Maciço de Baturité, a região de Mussum, local da tragédia, está abandonada. Repleto de casas destruídas e interditadas, além de roupas, camas e outros objetos pessoais. Pelo chão ainda é possível observar sandálias, brinquedos, restos de eletrodomésticos e muita lona espalhada.
Situada entre vários morros, a região foi a mais afetada pelos deslizamentos de terra e pelas fortes chuvas. Dezenas de casas tiveram as paredes totalmente arrancadas. Todos os moradores já abandonaram o local.
A reportagem da TV Verdes Mares visitou o local na manhã deste sábado (15) e conversou com pessoas que perderam seus pertences e que ajudaram no resgate das vítimas do deslizamento.
João Nacélio da Silva era padrinho de uma das crianças que morreu junto com irmão e a mãe. Ele conta que machuca em ver que tudo que foi construído foi levado pela água e terra.
“Eu morava aqui há 25 anos. Agora vou fazer 50 anos e tudo meu está aqui. É uma tristeza. Não tem um pé de cristão, foi embora todo mundo. Pessoal chora direto. Pessoal que saiu daqui e não se acostumou, mas fazer o que, né?”, disse
O funcionário público, Antônio Marcos, ajudou no resgate. Ele lembra que viu a criança junto com a mãe abraçados. “Cheguei aqui na bananeira e alguém gritou meu nome. Uma pessoa disse que o filho dele estava lá. Comecei a cavar mesmo com desgaste, mas é ser humano e ficamos comovidos com isso. Foi uma tristeza. Aí estava lá a criança abraçada com a mãe. Nunca esqueço.
Objetos pessoais ainda podem ser vistos no local após 30 dias da tragédia.
Isaac Macedo/SVM
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Construção de novas casas
O prefeito de Aratuba, Joerly Vitor, afirmou que a gestão fornece todo o apoio para as famílias desabrigadas e que um terreno já foi escolhido para que novas casas sejam construídas e que as famílias possam ser transferidas para o local.
“O número subiu realmente para 25 famílias. Não só dessas áreas de risco, mas de outras famílias e outras residências que também apresentavam riscos. Nosso papel imediato foi de transferir essas pessoas para o aluguel social. Então hoje, 25 famílias estão participando do aluguel social, que é custeado pelo governo do estado e prefeitura municipal”, disse.
“Já entrei em contato com o dono do terreno para nós fazermos a aquisição seja por meio do Governo do Estado ou via prefeitura eu já repassei essa informação inclusive para a Casa Civil e aguardo o governador voltar dessa viagem [para a China] para que a gente possa sentar e definir iniciar as obras e remanejas essas pessoas para suas casas definitivas., reforçou.
Ainda segundo o gestor municipal, a demolição total das residências isoladas só ocorrerá quando a prefeitura começar a construir as novas unidades.
“Só vamos demolir essas residências quando a gente tiver o início das obras das casas novas”, disse.
Dezenas de casas tiveram as paredes totalmente arrancadas. Eletrodomésticos e outros utensílios foram destruídos por conta do deslizamento.
Isaac Macedo/SVM
Todos os moradores já abandonaram suas casas.
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