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Vídeo mostra quando motorista perde o controle da direção, invade contramão, atinge e mata dois jovens em viaduto da T-63


Leandro Fernandes Pires, de 23 anos, e David Antunes Galvão, de 21 anos, morreram no local. Vítimas voaram com o impacto da batida. Veja momento em que motociclista e garupa são atingidos por carro, em Goiânia
Imagens de câmeras de segurança divulgadas pela Polícia Civil (PC), nesta terça-feira (2), mostram o momento em que o motorista Rubens Mendonça Filho atinge a moto onde estavam o motociclista por aplicativo Leandro Fernandes Pires, de 23 anos, e o garupa, o garçom David Antunes Galvão, de 21 anos. O acidente ocorreu no viaduto da Avenida T-63, em Goiânia.
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Nas imagens é possível ver que o condutor estava em alta velocidade quando entrou no viaduto e, em seguida, perde o controle do veículo atingindo os jovens que vinham na pista contrária.
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O impacto da batida fez com que Leandro fosse arremessado contra a proteção do viaduto, que ficou amassada. O garçom, por outro lado, voou quase da altura dos fios de energia e caiu de frente contra o asfalto. Os dois jovens caíram desacordados na pista abaixo da estrutura.
Em um outro vídeo é possível ver que o calçado de uma das vítimas vai parar próximo a um estabelecimento há alguns metros de distância da colisão.
Motociclista por aplicativo Leandro Fernandes Pires, de 23 anos, e do garçom David Antunes Galvão, de 21 anos, morreram em acidente no viaduto da Avenida T-63, em Goiânia Goiás
Reprodução/Redes Sociais
Motorista confessa estar em alta velocidade
O motorista do carro prestou depoimento nesta terça-feira (2) e falou por duas horas com a Polícia Civil.
“Ele disse que estava rápido e, ao que tudo indica, acima do limite da velocidade, mas não sabe dizer qual velocidade era essa. Além disso, ele disse que achava que o limite da via era 60km/h, e não 50 km/h e que ainda assim achava que estava acima”, explicou o delegado Hellyton Carvalho.
“[Ele disse que estava acima da velocidade] quando ele subiu o viaduto. Ele falou que ia subir, precisou acelerar um pouco mais e que, quando chegasse no topo do viaduto, iria tirar o pé do acelerador e que o carro iria diminuir a velocidade sozinho. Ele disse que tirando o pé, o carro freia e gera energia para a bateria, aumentando a autonomia do carro”, completou Hellyton sobre o depoimento de Rubens.
O acidente aconteceu no dia 20 de abril. Ao g1, um dos advogados de defesa do motorista Rubens Mendonça, Hélio Rodrigues, afirmou que, mesmo acima da velocidade da via, o médico não estava rápido o suficiente para perder o controle do carro.
“Na velocidade que ele estava, se não fosse o carro na frente dele que o fechou, ele não teria perdido o controle”, disse.
Além de Rubens, a esposa do motorista também prestou depoimento nesta terça-feira (2) por mais de duas horas. De acordo com a polícia, os dois falaram separadamente com a polícia, totalizando cerca de duas horas cada depoimento. O delegado explicou que o médico manteve a versão dos fatos que ele apresentou desde o início, exceto pelo fator da velocidade.
Isso porque Rubens permanece afirmando que foi fechado por um carro enquanto subia o viaduto e que, quando desviou do veículo, ultrapassou na contramão, perdeu o controle da direção e confundiu os pedais. No entanto, ele passa a dizer que já subiu o viaduto acima da velocidade, diferente do que já havia afirmado anteriormente, que havia acelerado apenas quando tinha se assustado ao ter sido fechado por um outro carro.
“Ainda no local do fato ele disse que estava transitando no viaduto dentro do limite de velocidade, que seria de 50 km/h e que, apenas no momento em que se assustou com a fechada do outro veículo é que ele teria se equivocado nos pedais do veículo é acelerado ao invés de frear, ocasionando o acidente na sequência. Na data de hoje, ele mudou um pouco seu depoimento dando conta que ele teria, no início do viaduto, imprimido uma velocidade maior ao veículo e, ao ser fechado, teria aumentado ainda mais a velocidade”, complementa o delegado.
Possível homicídio doloso
Segundo a polícia, o caso é investigado como duplo homicídio culposo. No entanto, ele explica que o motorista pode ser indiciado por duplo homicídio doloso, principalmente após o surgimento de uma nova testemunha, que estava no carro que trafegava atrás do carro de Rubens no momento do acidente.
“O Rubens manteve a versão dele, só que essa testemunha acaba por desmentir tudo o que ele falou”, disse o delegado.
“Disse que tão logo o semáforo abriu o veículo Volvo empreendeu uma velocidade alta desde o início daquele quarteirão e manteve essa velocidade constante na subida do viaduto. Segundo essa testemunha, em nenhum momento o veículo Volvo freou ou acionou as luzes de freio, ele passou a jogar luz alta para os veículos que estavam à frente. Como esses veículos não saíram da frente foi que o Volvo, ainda mantendo sua velocidade, acabou já fazendo a ultrapassagem na subida, pela contramão e, ao voltar para sua faixa, teria perdido o controle da direção”, detalhou o delegado, sobre a versão da testemunha.
Foto mostra frente de carro e moto destruídos, em Goiânia, Goiás
Divulgação/Polícia Civil
Apoio da fabricante
No último dia 25 de abril, a polícia detalhou ao g1 que havia que solicitado a colaboração da fabricante Volvo para disponibilizar um técnico para a realização da leitura dos dados do carro, para que assim seja possível definir qual velocidade o carro estava no momento da batida.
No entanto, nesta terça-feira (2), a Polícia Civil pontuou estar existindo uma “omissão” por parte da empresa e disse que ainda está aguardando a colaboração por parte da Volvo.
“Diante da omissão em relação a resposta ao auxílio solicitado, estamos vendo a possibilidade de contar com o apoio de um perito judicial independente para fazer a extração dos dados e entregar os dados à perícia criminal”, explicou o delegado.
Na ocasião em que a polícia solicitou o apoio à Volvo, a empresa afirmou que já havia sido procurada pelas autoridades e que colaboraria “integralmente com as investigações, fornecendo todas as informações necessárias”. O g1 entrou em contato com a empresa para um novo posicionamento sobre o caso.
As vítimas
O motociclista por aplicativo Leandro Fernandes Pires, de 23 anos, trabalhava na categoria há cinco dias como uma forma de ganhar uma renda extra, segundo o irmão da vítima, Eduardo Fernandes.
“Ele estava trabalhando para sustentar a casa e acabou morrendo pela irresponsabilidade de terceiros. Jamais imaginamos que isso poderia acontecer, um rapaz novo, trabalhador. Vamos correr atrás, não pode ficar assim não”, contou Eduardo.
Veja outras notícias da região no g1 Goiás.
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