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Mais de 130 famílias ainda estão em abrigos no Parque de Exposições em Rio Branco


De acordo com Defesa Civil Municipal, apesar de nível do Rio Acre estar abaixo dos 10 metros, é necessário prover condições de retorno aos desabrigados e desalojados. Manancial marcou 9,92 metros na manhã deste sábado (15), sendo esta a menor cota desde que transbordou, há 24 dias. Parque de Exposições abriga moradores atingidos pela cheia do Rio Acre
Reprodução/Rede Amazônica Acre
O nível do Rio Acre segue baixando e marcou 9,92 metros em medição feita às 6h deste sábado (15) pela Defesa Civil de Rio Branco. Esta foi a primeira vez, em 24 dias, que o manancial ficou abaixo dos 10 metros.
Atualmente, o rio está a uma cota bem abaixo da de alerta e transbordo – 13,50 metros e 14 metros, respectivamente. Com isso, alguns abrigos já começaram a ser desmontados, ficando como referência apenas o maior deles montado no Parque de Exposições Wildy Viana, na capital acreana.
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De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, pelo menos 800 famílias ainda estão desalojadas, ou seja, sem ainda terem retornado para casa em razão de limpeza e de demais condições que possam propiciar a volta destas pessoas às suas respectivas residências.
“Estamos ainda com o maior abrigo que já montamos, que é o Parque de Exposições, e a gente tem em torno de 131 famílias no parque, ou seja, 393 pessoas. Temos algumas famílias em algumas escolas, mas são poucas”, falou.
Falcão salientou ainda que é o órgão continua fazendo um levantamento sobre como está a situação de retorno de todas estas famílias, uma vez que existem locais com risco de desmoronamento.
“A questão toda não é somente a baixa do rio, mas as condições de retorno. Os bairros já estão precisando de muita limpeza, casas que desmoronaram, que estão em risco. Estamos vendo caso a caso porque muitos não tem para onde ir. Temos que arrumar um lugar para que elas possam ir. É um desastre sem proporções, muito grande. Requer tempo para restabelecer tudo”, destacou.
Muita lama
Um dos problemas que dificultam o retorno destas famílias é o excesso de lama. Recentemente, uma idosa ficou presa ao tentar atravessar um local coberto por lama no bairro Base, que fica às margens do Rio Acre. Ainda de acordo com o tenente-coronel, a profundidade é relativamente alta.
Bairro da Base, em Rio Branco, é um dos locais onde lama tem profundidade igual ou superior a 1 metro
Ana Paula Xavier/Rede Amazônica
“Tem lugar que é 1 metro, tem lugar que é 1,5 metros e chega até 2 metros. São toneladas, toneladas e mais toneladas de areia e lama”, frisou.
Uma equipe de mais de 600 pessoas começou, na última segunda-feira (10), a retirada de entulhos e limpeza nos 42 bairros atingidos pela cheia do Rio Acre. Trabalhadores do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado (Deracre) e Secretaria Municipal de Zeladoria de Rio Branco estão nas ruas e foram empregadas, segundo a prefeitura, mais de 150 máquinas estão sendo usadas.
Enchente
Após uma forte enxurrada que alagou diversos bairros de Rio Branco no dia 23 de março de 2023, o nível do Rio Acre saltou dos 9,76 metros para 14,65 metros no mesmo dia. Pelo menos 75 mil pessoas foram atingidas, 42 bairros alagados e mais de 3,3 mil famílias que precisaram ser levadas a abrigos públicos.
Nível do Rio Acre segue em vazante em Rio Branco, mas enchente atingiu cerca de 75 mil pessoas
Marcos Vicentti/Secom
Neste ano, a maior cota registrada foi de 17,72 metros no dia 2 de abril e esta já é a a terceira maior enchente da história desde 1971, quando ele começou a ser monitorado.
No total, mais de 15,4 mil moradores tiveram que deixar suas casas por conta da cheia do manancial. Além disso, 27 comunidades rurais ficaram isoladas, com 7,5 mil pessoas de mais de 1,8 mil famílias.
VÍDEOS: g1

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