Presidente do STF fez o anúncio durante seminário realizado no Dia dos Povos Indígenas. A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, anunciou nesta quarta-feira (19) que a Corte retomará o julgamento sobre a aplicação da tese do chamado marco temporal na demarcação de terras indígenas no país.
Rosa Weber fez o anúncio durante um seminário sobre dignidade humana, no qual foi lançado o Fórum Nacional do Poder Judiciário para Monitoramento e Efetividade das Demandas Relacionadas aos Povos Indígenas (Fonepi).
Nesta quarta-feira, 19 de abril, é celebrado o Dia dos Povos Indígenas.
A presidente do STF anunciou a data de retomada do julgamento após uma fala da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.
“Nós daremos continuidade do recurso extraordinário relativo ao marco temporal. E, aqui, eu faço o anúncio, atendendo à reivindicação da ministra Sonia Guajajara, no dia 7 de junho, na pauta de 7 de junho”, disse Rosa Weber.
O julgamento
A continuidade do julgamento sobre o marco temporal saiu da pauta do STF em junho de 2022.
O STF analisará se a demarcação de terras indígenas deve seguir o critério segundo o qual indígenas só podem reivindicar a demarcação das terras ocupadas antes da data de promulgação da Constituição de 1988, o chamado marco temporal.
O julgamento começou em 2021. Até o momento, dois ministros votaram: relator do caso, Luiz Edson Fachin se manifestou contra a aplicação do marco temporal; o ministro Nunes Marques votou a favor.
A análise do tema, contudo, foi interrompida em 15 de setembro de 2021 em razão do pedido de vista (mais tempo para analisar o caso) apresentado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Atualmente, há mais de 300 processos de demarcação de terras indígenas abertos no país.
Rosa Weber anuncia retomada de julgamento sobre marco temporal de terras indígenas em 7 de junho
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