Dívida com traficantes motivou assassinato de jovem com deficiência intelectual em Cariacica, ES, diz polícia

Parentes, no entanto, negaram o envolvimento do jovem com o tráfico. Vinicius da Cunha Tiradentes, de 24 anos, foi morto a tiros em Cariacica, ES
Reprodução/TV Gazeta
Vinicius da Cunha Tiradentes, de 24 anos, morto com 20 tiros, sendo oito no rosto, no dia 8 de março, no bairro São João Batista, Cariacica, ES, foi assassinado porque tinha uma dívida relacionada a compra de drogas com traficantes da região. A informação foi confirmada pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (19) durante coletiva de imprensa.
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De acordo com o delegado️ titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de (DHPP) de Cariacica, Eduardo Khaddour, quatro suspeitos com idades entre 17 e 22 anos envolvidos com o tráfico executaram o jovem e um deles. Um jovem de 18 anos, foi preso na última quinta-feira (13).
“Como a vítima tinha essa questão da deficiência intelectual, ela costumava ficar transitando pelas ruas do bairro e começou a fazer uso de entorpecentes. Contraiu uma dívida com o tráfico local, principalmente com esses autores. Essa dívida foi aumentando, a vítima não teve condições de quitar e, infelizmente, no dia 9, os autores a encontraram na rua e resolveram tirar a vida da vítima”, disse delegado.
Com o suspeito preso, foram apreendidas uma pistola calibre 380, que estava escondida dentro de um travesseiro, um carregador e munição.
O delegado contou ainda que, para atrapalhar as investigações da polícia, os autores do crime chegaram a implantar a ideia de que traficantes rivais teriam assassinado Vinicius, hipótese descartada durante as investigações.
As investigações continuam e diligências estão sendo realizadas para prender os demais autores do crime.
“Um crime com requinte de crueldade, foram 20 tiros, desses oito na face. O tráfico de drogas impõe as suas próprias leis. Evitem usar drogas porque o resultado é sempre esse. Geralmente, quando você mão paga o tráfico não perdoa”, disse o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda.
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O crime
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Reprodução/TV Gazeta
O crime foi na madrugada do dia 9 de março. No dia após o assassinato, familiares de Vinicius disseram que a vítima tinha deficiência intelectual e havia sido morta por engano e só tinha sido executado porque estava no meio da rua quando traficantes foram ao bairro atacar rivais.
“Não tinha necessidade de acontecer isso com ele. Um menino bom, educado, nunca mexeu com coisa errada. Isso foi uma covardia que fizeram com ele. Esse monte de tiros que deram nele em várias partes do corpo foi horrorizante. Vinicius não tem envolvimento nenhum com drogas e não pegava nada de nenhum morador”, disse uma moradora na ocasião.
Moradores contaram que, há poucos meses, durante uma chuva forte, a casa da mãe da vítima desabou e ela se mudou para o bairro vizinho, mas Vinicius preferia ficar no bairro e dormia nos escombros que restaram da casa. Quando os atiradores chegaram, ele era a única pessoa que estava na rua.
Foram tantos tiros que paredes e janelas de algumas casas também foram atingidas. Moradores ficaram revoltados com a morte do jovem.
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