Bate-boca aconteceu na tarde de terça-feira (11), na Comissão de Segurança Pública durante participação do ministro da Justiça. Polícia Legislativa teve de intervir. Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados.
Reprodução/GloboNews
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pediu à sua assessoria que fizesse um pente-fino nos vídeos da sessão da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Casa, que acabou em confusão durante audiência com o ministro da Justiça, Flávio Dino.
Lira quer analisar as imagens antes de tomar qualquer decisão sobre a comissão, que tem virado palco de sessões polêmicas e tumultuadas desde que foi instalada, em março.
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Na tarde de terça-feira (11), quando Dino começou a falar, deputados de oposição – principalmente bolsonaristas – começaram a gritar palavras contrárias ao governo. Em resposta, deputados da base reagiam.
Em determinado momento, houve uma discussão mais ríspida entre deputados, o que levou a polícia legislativa a entrar na sala da comissão para separar a briga. Esse foi o estopim para o encerramento da sessão.
Dino saiu da mesa e foi embora. A oposição começou a gritar “fujão”.
Veja o momento da briga no vídeo abaixo:
Deputados brigam durante audiência com o ministro Flávio Dino na Câmara
No Twitter, o ministro publicou que “infelizmente deputados extremistas adotaram uma sequência de atitudes ameaçadoras, ofensivas e agressivas, impedindo a realização de audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara. Considero um desrespeito ao povo brasileiro e ao próprio Poder Legislativo”.
Antigos embates
Em 28 de março, bolsonaristas e apoiadores do governo já haviam protagonizado um embate durante uma visita de Dino à Câmara.
Durante uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) foi chamado de “chupetinha” pelo governista André Janones (Avante-MG).
Após bate-boca, a sessão foi encerrada.
Acordo de boa convivência
Após a confusão de terça, o novo corregedor parlamentar da Câmara, deputado Domingos Neto (PSD-CE), informou que iria propor um acordo de convivência entre os parlamentares.
A ideia é, de maneira informal, costurar um consenso para evitar cenas de desrespeito, ofensas e exageros entre os deputados.
A Câmara já tem o regimento interno que disciplina essa questão. A própria Constituição também determina como deve ser o comportamento dos parlamentares. Mas, para o corregedor, episódios recentes têm justificado a busca por um acordo de convivência.
“Vou procurar todos os líderes para construirmos isso [o acordo de convivência] juntos. O presidente [da Câmara] Arthur Lira já falou publicamente sobre isso e acredito que, sob a liderança dele, conseguiremos”, afirmou Domingos Neto.
Lira pede vídeos para analisar sessão com participação de Dino que terminou em confusão entre bolsonaristas e governistas
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