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Médicos alertam para complicação do diabetes tipo 1 e reforçam importância do diagnóstico precoce


Cetoacidose afeta principalmente crianças e pode levar ao coma e até a morte. Menina de oito anos ficou quatro dias na UTI, se recuperou, e hoje grava vídeos para ajudar quem também tem a doença. Médicos alertam para complicação do Diabetes Tipo 1
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No Paraná, médicos alertam para a importância do diagnóstico precoce do diabetes tipo 1 e chamam a atenção para uma complicação da doença: a cetoacidose.
No Brasil, uma a cada dez pessoas com diabetes tipo 1 morre sem saber que tinha a doença. O dado faz parte de relatório da Federação Internacional do Diabetes.
Ainda desconhecida por muitas pessoas, a cetoacidose é considerada uma grave emergência médica.
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A estudante Valentina Ayres, de oito anos, ficou quatro dias internada em uma UTI por conta da complicação. A mãe, Anna, relata que na época não sabia o que era a cetoacidose.
“Não tem sensação pior do que você ver um filho…e não poder fazer nada para tirar ele daquela situação. É desesperador. ”
No caso dos diabéticos tipo 1, por uma falha do organismo, o pâncreas para de produzir um hormônio chamado insulina, responsável por levar a glicose – açúcar que servirá de combustível – até as células.
As crises de cetoacidose podem aparecer em questão de dias. Sem a glicose, o organismo vai buscar energia nas células de gordura, por isso a pessoa perde peso muito rápido.
A reação libera substâncias chamadas cetonas, que alteram o pH do sangue e complicam o funcionamento de todo o organismo.
Cetonas mudam o ph do sangue, causando um desequilíbrio corporal
Arte RPC
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Primeiros sintomas
Os primeiros sintomas são cansaço e sono anormais. Por isso, os médicos recomendam procur um médico assim que surgirem os primeiros sinais. O diagnóstico precoce ajuda a salvar vidas.
O endocrinologista especialista em diabetes André Vianna indica, por exemplo, a realização de um teste de glicemia.
“Chega o momento em que fica difícil de acordá-la, até o momento em que, se isso evoluir, ela pode entrar em coma e não acordar até que seja feito o tratamento. […] Procure ajuda médica, vai fazer um teste de glicose, que isso pode ser um diabetes descompensado, querendo entrar num quadro de cetoacidose.”
A sede excessiva, idas frequentes ao banheiro e perda de peso repentina – mesmo com muita fome -são alertas para o diabetes do tipo 1.
Teste de glicemia ajuda a identificar diabetes descompensado
RPC Curitiba
O aprendizado depois do susto
Valentina se recuperou bem, mas agora precisa andar com um kit para controlar a glicemia.
Ela aprendeu a conviver com o diabetes e faz questão de compartilhar suas experiências. A menina virou influenciadora e grava vídeos para ajudar outras crianças que tem o mesmo problema e as mesmas dúvidas.
“Tem muita gente que vai comer e não faz a insulina, não faz a conta certinha, e às vezes fica alta ou muito baixa a glicemia por não ter feito alguma coisa, tem que cuidar.”
Valentina grava vídeos para ajudar crianças que também têm diabetes
Reprodução/Redes sociais
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