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Dólar oscila nesta segunda-feira, depois de sequência de quedas


Na sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,23%, cotada a R$ 4,9151, renovando o menor patamar em 10 meses. Notas de dólar
pasja1000/Creative Commons
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O dólar opera em alta nesta segunda-feira (17), dia relativamente vazio nos mercados internacionais e de visita do chanceler russo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Às 9h, a moeda norte-americana subia 0,05%, cotada a R$ 4,9174. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o dólar teve seu quarto dia consecutivo de queda (0,23%), cotado a R$ 4,9151 e renovando o menor patamar em 10 meses. Com o resultado, a moeda fechou a semana com uma perda acumulada de 2,82%. Já no mês e no ano, tem quedas de 3,04% e 6,88%, respectivamente.
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O que está mexendo com os mercados?
Na China, o destaque fica com os dados de preços de moradias na China em março, que subiram em março no ritmo mais rápido em 21 meses, e sinais de recuperação dos lucros corporativos alimentando o otimismo antes da divulgação de dados econômicos do primeiro trimestre.
Por lá, mais de 300 empresas listadas na China publicaram ou projetaram resultados para o primeiro trimestre, sendo que 70% delas relataram aumentos de lucro na comparaç1ão anual, informou o Securities News oficial.
Já na Europa, as bolsas subiram nesta segunda-feira, com os investidores mais tranquilos depois da divulgação de bons resultados de bancos americanos.
Na semana passada, o Citigroup Inc., JPMorgan Chase & Co e Wells Fargo & Co superaram as expectativas e diminuíram os receios de stress no sistema bancário. Nesta semana, investidores vão observar de perto os números de Goldman Sachs, Morgan Stanley e Bank of America.
Porém, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou, neste domingo (16), que a crise bancária recente não deveria resultar em uma redução das taxas de juros pela instituição.
“Não temos que reduzir (os juros). Porque realmente temos que medir o que vai sair destes acontecimentos financeiros recentes”, disse Lagarde durante coletiva de imprensa com o canal de notícias CNN.
A diretora do BCE considera fundamental observar em que medida os bancos endurecem ou não as condições creditícias. “Qual impacto terão? Como os bancos vão reagir? Como vão avaliar o risco” e de que forma vão continuar emprestando dinheiro a empresas e famílias, acrescentou a diretora do BCE.
“Se não emprestarem demais e gerenciarem seu risco, poderia diminuir nosso trabalho para reduzir a inflação (…) Mas se ajustarem demais o crédito, o crescimento vai pesar demais”, explicou. Lagarde esteve em Washington para as reuniões da primavera (no hemisfério norte) do FMI e do Banco Mundial, que terminam neste domingo.
Já nos EUA, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse que é provável que os bancos do país se tornem mais cautelosos e passem a restringir ainda mais o crédito após as recentes quebras de bancos, possivelmente afastando a necessidade de mais aumentos das taxas de juros pelo Federal Reserve.
“É provável que os bancos se tornem um pouco mais cautelosos neste ambiente”, disse Yellen na entrevista que irá ao ar no domingo. “Já vimos algum aperto nos padrões de empréstimo no sistema bancário antes desse episódio, e pode haver mais alguns por vir.”
Ela disse que isso levaria a uma restrição no crédito na economia que “poderia ser um substituto para mais aumentos de taxas de juros que o Fed precisa fazer”. No entanto, Yellen disse que ainda não está vendo nada “suficientemente dramático ou significativo” nessa área para alterar sua perspectiva econômica.
“Então, acho que a perspectiva continua sendo de um crescimento moderado e um mercado de trabalho forte contínuo, com a inflação caindo”, disse ela.
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