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Justiça absolve pai que matou abusador de filhas, no Pará


Crime ocorreu no dia 11 de junho de 2020, no bairro Tenoné, em Belém. Na ocasião, o pai desferiu diversos golpes de terçado no outro homem, que morreu no local. Jurados decidiram pela absolvição do réu acusado de homicídio qualificado que vitimou o abusador das filhas dele.
Ascom TJPA
A Justiça absolveu na segunda-feira (22), o pai que matou o abusador das três filhas em Belém.
O crime ocorreu no dia 11 de junho de 2020, no bairro Tenoné, em Belém. Na ocasião, o pai desferiu diversos golpes de terçado no outro homem, que morreu no local.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), a atitude foi tomada depois que o pai descobriu que o homem, então companheiro da avó das meninas, tinha abusado sexualmente delas, que tinham seis, oito e 12 anos de idade.
Após ouvirem testemunhas e o pai, o 4º Tribunal do Júri de Belém, presidido pelo juiz Cláudio Hernandes Silva Lima, decidiu absolver o réu.
Nas declarações, a unanimidade foi de que o réu é uma pessoa trabalhadora e nunca tinha se envolvido em crimes.
Sobre o abusador, os depoentes relataram que se tratava de uma pessoa tranquila quando não estava sob efeito de álcool e que chegou a ficar preso por agredir a companheira, que acabou mutilada, sem dedos de uma das mãos.
Julgamento
Ao ser interrogado pelo juiz sobre a acusação de ter sido autor de vários golpes de facão contra a vítima, o réu fez apenas uma indagação: “Que pai não faria o mesmo?”.
A promotoria, representada por Reginaldo César Alvares, explicou que a ocorrência se enquadrava no tipo penal de homicídio privilegiado, quando o agente age movido por forte emoção ou valor moral.
O defensor público Alex Mota Noronha propôs aos jurados a absolvição do réu por clemência, por ele ter agido diante de “todo o sofrimento que a vítima, ‘um abusador de crianças provocou nessa família”, como pontuado durante o julgamento.
Alex Mota ainda chamou a atenção para o fato de os familiares das crianças terem acionado as autoridades policiais após os abusos, mas elas não teriam ido ao local para efetuar a prisão do abusador.
Questionadas sobre o caso, as corporações competentes ainda não responderam. O g1 aguarda retorno.
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