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Representantes da sociedade civil, da iniciativa privada e do terceiro setor lançam campanha de combate à fome

No Brasil, mais de 33 milhões de pessoas passam fome. Mais da metade dos que não têm o que comer moram em seis estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Ceará, Pernambuco e Maranhão. eu mudaria o título, mas nada demais tb, fica a seu critério:
Pacto Contra a Fome: representantes da sociedade civil, da iniciativa privada e do terceiro setor lançam campanha
Lançado em São Paulo o Pacto Contra a Fome
Representantes da sociedade civil, da iniciativa privada e do terceiro setor lançaram nesta terça-feira (23), em São Paulo, um pacto contra a fome.
É tanta fartura que o consumidor pode se dar ao luxo da escolha. O lixo normalmente é o destino do que sobra. Em uma rede de supermercados, não é mais assim. O que não é vendido enche caixas – cerca de 300 toneladas de frutas, verduras e legumes por dia. A maior parte boa para consumir, diz Alcione Pereira, à frente de uma empresa que conecta quem tem comida para doar e quem não tem o que comer.
“Sem esse trabalho, seriam desperdiçados e aí a gente perde esse potencial de alimentar milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade social”, afirma Alcione Pereira, fundadora da Connecting Food.
Nesse trabalho, não dá para perder tempo. Os alimentos estão ótimos para o consumo, mas são perecíveis. Então, tudo o que é recolhido no supermercado é distribuído no mesmo dia para instituições como uma na Zona Sul de São Paulo, que atende famílias em situação de vulnerabilidade social. Já vai direto para a cozinha. O cardápio varia conforme o que chega da doação. Nesta terça-feira (23), o lanche foi salada de frutas.
“Tem muitas coisas diferentes que eu não era acostumada a comer”, conta a estudante Sofia da Silva.
“Carambola é muito bom também. Nunca tinha comido e comi aqui, agora”, diz o estudante Henrique Martins Pereira, de 13 anos.
“Isso afeta diretamente o desenvolvimento da criança. Não dá para ficar sem alimento. Não dá para pensar, se desenvolver. A gente percebe isso e atenua isso muito fortemente”, afirma Jânio Oliveira, diretor da Fundação Julita.
Para fomentar iniciativas assim, foi lançado nesta terça-feira (23), em São Paulo, o “Pacto Contra a Fome”.
“Nosso objetivo é trazer visibilidade a esses atores, que a gente consiga promover sinergias entre eles, conectá-los e também que a gente possa impulsionar o trabalho de cada um deles, seja, por exemplo, escalando para que se tornem políticas públicas”, explica Maria Siqueira, cofundadora e diretora do “Pacto Contra a Fome”.
No Brasil, mais de 33 milhões de brasileiros passam fome. Mais da metade, 56% dos que não têm o que comer, moram em seis estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Ceará, Pernambuco e Maranhão. Estima-se que o déficit de comida seja de 7,3 milhões de toneladas por ano. Enquanto isso, o Brasil desperdiça no mesmo período 55 milhões de toneladas de alimentos, quase oito vezes a quantidade que falta nos pratos: 84% do desperdício está na produção, no transporte, no armazenamento e no ponto de venda; 15%, dentro de casa.
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Representantes de ONGs, do empresariado, do mercado financeiro, de universidade e das três esferas do poder público participaram do lançamento do pacto.
“Essa parceria é fundamental para que possamos erradicar a miséria e a fome no Brasil”, afirma a ministra do Planejamento, Simone Tebet.
“Se nós não unirmos forças, se a gente não aproveitar uma oportunidade como essa, a gente não vai conseguir”, diz Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo.
A instituição que recebe as doações de alimentos é prova de que a fome é um problema que se resolve a muitas mãos.
“É uma comida que é feita com muito amor, com muito carinho pelas tias. E elas estão de parabéns pela comida que fazem todos os dias”, diz a estudante Soraia Ferreira de Souza, de 12 anos.

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