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Cidadania americana: moradora de SC fala sobre ser mãe nos EUA após medida de Trump

Entre as primeiras medidas do novo mandato do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, esteve a polêmica ordem executiva que bloqueia a política de cidadania por direito de nascença, que garante que bebês nascidos no país sejam cidadãos norte-americanos de forma automática.

Imagem mostra casal brasileiro e Donald Trump

Presidente Trump quer restringir cidadania americana aos nascidos nos EUA – Foto: Reprodução/ND

Com isso, mesmo que venham ao mundo em terras estadunidenses, crianças filhas de imigrantes ilegais e pessoas com vistos temporários não seriam consideradas americanas.

Ter filhos americanos é desejo de muitos brasileiros

Lavínia Wachholz Naue mora em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina, mas decidiu que a filha Lívia nasceria americana. A arquiteta de 26 anos e seu marido, o empresário Marcelio Moreira, decidiram embarcar, literalmente, em uma nova jornada.

Lavínia e o marido estão à espera de Lívia, que deve nascer em fevereiro nos EUA – Foto: Arquivo Pessoal/ND

“Quando descobrimos a gravidez, em junho de 2024, coincidiu que um casal de amigos estava aqui nos EUA passando pelo mesmo processo de ter o parto aqui. Eles nos contaram a ótima experiência que tiveram. Meu marido gostou muito da ideia e começamos o planejamento financeiro”, contou ao ND Mais.

Assim como muitas famílias brasileiras, eles decidiram viajar especificamente para o fim da gestação e parto. Entre custos médicos de pré-natal, parto, internação, pediatria e vacinas até os dois meses de vida do bebê, o casal deve desembolsar em torno de $ 20 mil (mais de R$ 110 mil).

Medida de Trump entrará em vigor?

Mesmo após a polêmica medida de Trump, Lavínia tem confiança de que sua filha não será afetada.

“Antes de viajarmos, nós já tínhamos ciência sobre essa notícia. Porém, como a cidadania por direito de solo é garantida pela Constituição americana, não é algo tão simples de ser aprovado. Mas claro que no dia que ele assinou o decreto e que todas as notícias vieram à tona, nós procuramos rever todas as informações para nos assegurarmos que não afetaria a cidadania da Lívia”, explica.

Donald Trump é conhecido pelas duras políticas de imigração nos EUA – Foto: Roberto Schmidt/AFP/ND

Conforme disse a brasileira, a cidadania por direito de nascença é assegurada há décadas pela 14ª emenda da Constituição do país, que diz: “Todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos e sujeitas à jurisdição dos mesmos são cidadãos dos Estados Unidos e do Estado em que residem”.

Por isso, tornar a medida de Trump realidade não vai ser fácil. Isso porque, para que uma parte da Constituição seja alterada, é necessário trâmites que passam também pelo Congresso americano e pela Justiça.

Como a filha do casal nascerá em fevereiro, as chances de ser afetada são pequenas. “Segundo os advogados de imigração e também segundo a empresa que contratamos, isso poderá levar meses ou anos até entrar em vigor ou não”, salienta a futura mãe.

Pocuradores-gerais de 18 estados dos Estados Unidos encaminharam à Justiça do país nesta terça-feira (21) ações contra a medida do presidente. Além disso, a Justiça Federal do país suspendeu temporariamente a medida pela inconstitucionalidade.

Então, brasileiros que sonham em ser pais de americanos futuramente deverão aguardar pelos próximos capítulos do governo americano.

 

 

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