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Justiça liberta invasores do Congresso americano perdoados por Trump em decreto


A investigação criminal sobre a invasão do Capitólio foi a maior da história do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O decreto anula todo o processo e determina que os promotores federais não poderão mais acusar ninguém pelos atos do 6 de janeiro. Donald Trump perdoa acusados de invadir o Congresso americano
Um decreto de Donald Trump que provocou controvérsia foi a decisão de perdoar os acusados de invadir o Congresso americano em janeiro de 2021.
Perdão total. O decreto assinado por Trump na noite de segunda-feira (20) retira todas as acusações contra quase 1,6 mil seguidores do presidente que invadiram e vandalizaram o Congresso americano no dia 6 de janeiro de 2021. Mesmo os que cometeram atos violentos contra policiais. Quatorze deles, já condenados, vão poder deixar a cadeia.
“Eles já estão presos por muito tempo. Essas pessoas foram destruídas. Espero que eles sejam liberados hoje à noite”, disse Trump.
Pouco depois da meia-noite, o ex-chefe de uma milícia foi liberado de uma prisão federal do estado de Maryland. Ele foi condenado a 18 anos de prisão por ser um dos organizadores da invasão e guardar armas que seriam usadas no ataque.
Justiça liberta invasores do Congresso americano perdoados por Trump em decreto
Jornal Nacional/ Reprodução
O ex-chefe de um grupo supremacista também deixou um presídio da Louisiana e foi para casa em Miami. Ele foi condenado por incitar a invasão e conspirar contra o Estado, e cumpria pena de 22 anos de prisão – a mais alta de todos os envolvidos no ataque.
Depois da eleição de 2020, Donald Trump não aceitou a derrota para Joe Biden. No dia 6 de janeiro de 2021, Trump fez um discurso reafirmando – sem provas – que a eleição tinha sido roubada e convocou seus seguidores a marcharem até o Capitólio – onde os congressistas certificariam o resultado da eleição. Milhares de pessoas furaram o bloqueio policial e invadiram o prédio. Destruíram patrimônio público e tentaram impedir o processo democrático. Cinco pessoas morreram e 174 policiais ficaram feridos tentando controlar os invasores.
As decisões mais importantes que Trump anunciou — e as possíveis consequências
Trump acompanhou tudo da Casa Branca sem interferir. Só duas horas depois, pediu que os invasores voltassem para casa. No vídeo, disse que amava os seguidores e que eles eram muito especiais. Depois, chamou o 6 de janeiro de “dia de amor”.
A medida foi criticada por advogados de policiais feridos na invasão do Congresso e até por alguns parlamentares republicanos, do mesmo partido de Trump. Thom Tillis, da Carolina do Norte, disse que ficou surpreso com um perdão tão abrangente aos invasores e, mencionando também os perdões presidenciais concedidos por Biden antes de deixar o mandato, concluiu:
“Precisamos rever a autoridade que futuros presidentes podem ter em perdoar criminosos”.
Decreto assinado por Trump determina que promotores federais não poderão mais acusar ninguém pelos atos do 6 de janeiro
Jornal Nacional/ Reprodução
A investigação criminal sobre a invasão do Capitólio foi a maior da história do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Durante quatro anos, os investigadores analisaram horas de gravação para identificar, localizar e punir os invasores. O decreto assinado por Trump anula todo o processo e determina que os promotores federais não poderão mais acusar ninguém pelos atos do 6 de janeiro.
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