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Relação de Brasil e EUA depende de Elon Musk provocar ou não Trump


Diplomatas e setores do governo Lula entendem que Trump não fez nada pelo país nem mesmo quando Bolsonaro disse ‘I Love You’. Agora, se o bilionário atiçar, tudo pode mudar. Análise: a relação do Brasil com EUA após posse de Trump
Diplomatas e integrantes do governo Lula (PT) não estão muito preocupados, pelo menos neste momento, em como o novo governo de Donald Trump nos Estados Unidos irá tratar o Brasil.
A tendência é de Trump ignorar o país, como ele mesmo afirmou em entrevista após a posse (veja no vídeo abaixo). No mandato anterior, o americano não interferiu nem mesmo quando o então presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou na Organização das Nações Unidas e disse “eu te amo”, em inglês, para o americano.
Contudo, o que – ou quem – pode mudar a forma com que Trump lidará com o Brasil e mudar sua forma de agir é Elon Musk, entendem setores do governo petista.
Musk e Trump em foto de 19 de janeiro de 2025.
Alex Brandon/AP
Caso o bilionário dono do X resolva travar uma batalha com o Brasil, assim como rivalizou com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pouco tempo atrás, a postura do presidente americano pode ser outra.
Na época, o X ficou fora do ar no Brasil e teve que estabelecer representação no país a mando do Supremo, que fez valer a lei brasileira, para retomar suas atividades. Foram aproximadamente 40 dias de inatividade.
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Expectativa, para lá de otimista, de boa relação
A relação dos estados brasileiro e americano tem 200 anos e se pautou pelo pragmatismo mesmo com líderes de campos políticos opostos, analisam esses diplomatas e integrantes do governo.
Há quem pense que Lula possa criar uma relação com Trump similar à que teve com George Bush filho, lá em 2002, em que estabeleceram boa relação mesmo em campos bem diferentes. O brasileiro já disse que não quer briga com Trump nem com ninguém. Mas este é um cenário considerado muito improvável até aqui.
A paz vai depender de Musk atiçar ou não o novo presidente em seu retorno à Casa Branca.
Sobre a eleição de 2026, é evidente que a eleição de Trump energiza a direita radical no Brasil e vem junto do empoderamento das big techs, com novo posicionamento editorial alinhado às demandas da direita radical no mundo – o que também afeta o período eleitoral brasileiro.
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