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Em 2024 foi registrada a década com maior número de acidentes aéreos com aviões pequenos


Mesmo com acidentes recentes, a aviação no Brasil é segura e conta com critérios rigorosos para certificar justamente essa segurança. Avião em pista de aeroporto brasileiro
TV Globo
Todos os acidentes aéreos que acontecem no Brasil são registrados e analisados pelo Cenipa, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, da Força Aérea.
2024 foi o ano da última década com o maior número de desastres com vítimas fatais – envolvendo aviões e helicópteros. Foram 33, com 137 mortes. No total, em dez anos, 650 pessoas morreram em 277 acidentes.
81% deles envolveram voos particulares e agrícolas, um foi na aviação comercial: o acidente com o avião da Voepass em agosto do ano passado, que deixou 62 mortos.
As regras da aviação brasileira mudam de acordo com o tipo de operação. Se é um voo comercial, um táxi aéreo ou de um avião particular. No caso dos particulares e dos aviões agrícolas, por exemplo, a maior parte das responsabilidades fica a cargo do piloto.
É ele que cuida do avião, que abastece, checa a meteorologia, faz o plano de voo e toma todas as decisões na hora da decolagem e do pouso.
Raul Marinho, diretor técnico da Associação Brasileira de Aviação Geral, que incluiu todos os voos de negócios, explica por que as regras são diferentes para cada tipo de voo.
“A regulação não só no Brasil, mas no mundo inteiro, é uma regulação proporcional ao risco que oferece a sociedade. Então quando uma pessoa compra uma passagem em linha aérea, você supõe que aquele passageiro, ele não tem nenhuma relação com a companhia aérea, ele não tem como influenciar, ele não contratou o piloto, ele não contratou a empresa de manutenção, etc. com o táxi aéreo a mesma coisa”, comenta Raul Marinho.
“Agora na aviação privada supõe-se que o dono do avião contratou o piloto, contratou a empresa de manutenção, contratou o abastecimento, contratou tudo. Então ele seria o responsável, entendeu? Enquanto que na aviação certificada, na linha aérea, no táxi aéreo, é diferente. Você tem que garantir uma camada de segurança maior paro passageiro”, complementa.
A frota aérea nacional tem crescido nos últimos anos. Hoje são 11 mil aeronaves. Dessas, mais de 10 mil são de pequeno porte, privadas e agrícolas. Segundo ele, a maioria dos acidentes ocorre nesse tipo de voo, especialmente quando o avião é mais simples.
“A gente tem que entender os segmentos que compõem a aviação de negócios. Então se a gente pegar, por exemplo, os jatos particulares, por coincidência aconteceu um acidente agora com um jato privado né. Mas a média é de menos de 1 acidente por ano com esse segmento”, comenta Raul.
“Helicópteros também tem uma média muito baixa, de 4 ou 5 acidentes por ano. Agora se a gente pegar as aeronaves mais simples, as aeronaves a pistão, por exemplo, a gente tem uma taxa maior”, complementa.
O piloto Fernando de Borthole reforça que as regras da aviação brasileira seguem o padrão internacional, que é extremamente seguro.
“Atualmente o Brasil já tem regras bem rígidas, o código brasileiro de aeronáutica foi também mexido recentemente, atualizando muita coisa e todo mundo que voa com responsabilidade, que sabe aquilo que tá fazendo vai normalmente ter um voo muito bom, muito seguro. Claro que adversidades acontecem, fatalidades, infelizmente acontecem também por outros fatores, mas a aviação ela vai se tornando mais segura a cada dia”, comenta Fernando.
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