• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

‘Somos cinquentões com o pé no futuro’, diz Rogério Flausino sobre os 25 anos de Jota Quest; turnê de comemoração retorna a Salvador


Em conversa ao g1, o vocalista do grupo celebrou a marca alcançada e contou sobre os objetivos da banda que se apresenta na Concha Acústica, em Salvador, neste domingo (16). Em retorno à Salvador com turnê de comemoração, Rogério Flausino agradece receptividade
Com o pé no futuro. É nesse espírito que a banda mineira Jota Quest segue as comemorações pelos 25 anos de carreira. Sete meses após percorrer o Brasil com a turnê ”De volta ao novo”, o grupo retorna à capital baiana neste domingo (16), na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. O último show da mesma turnê em Salvador foi em agosto de 2022.
A mistura de ritmos que compõe o grupo é representada por 25 músicas selecionadas pelos próprios músicos, que passam por todas as etapas do caminho compartilhado e traçado por Rogério Flausino, Marco Túlio, PJ, Buzelin e Paulinho.
Em conversa ao g1, o vocalista Rogério Flausino falou sobre a relação com Salvador e agradeceu ao público da capital baiana pela receptividade ao longo das décadas, desde o lançamento do primeiro disco. [Veja no vídeo acima]
A entrevista foi logo após Flausino gravar mais uma faixa do novo disco, o décimo da banda que será lançado ainda neste ano. Ele contou sobre as experiências mais marcantes na profissão, inspirações soteropolitanas e o desejo de sempre olhar para o futuro: ”o lugar que chegamos ainda não é suficiente para nós”, declarou.
Turnê em comemoração aos 25 anos de Jota Quest tem estética inspirada em conceitos da química
Divulgação
Com cenários inspirados na química, uso de telões e criação do ”elemento J”, o show é dividido em três atos: líquido, sólido e gasoso.
Saudando a modernidade e relembrando as quase três décadas de consagração, Jota Quest reencontra os fãs e faz uma incrível passagem pelo tempo. Confira a entrevista abaixo:
g1: A banda comemora uma marca importante, são 25 anos de união e sucessos. Quais foram as experiências mais marcantes que você viveu na carreira?
Flausino: Desde os meus 25 anos já estava na estrada com a Jota Quest, então tudo que aprendemos na caminhada, desde o início é o mais marcante para mim. Aquela coisa de correr atrás para gravar o primeiro disco, entrar no estúdio pela primeira vez, arranjar um contrato com uma gravadora, os primeiros programas de televisão, são experiências inesquecíveis. E o mais legal é que essa sensação de início como começar a fazer turnês, rodar o Brasil, participar de grandes festivais, cantar com seus ídolos, são coisas incríveis que ainda seguimos vivendo.
Grupo é formado por Rogério Flausino, Marco Túlio, PJ, Buzelin e Paulinho
Divulgação
g1: A estética da turnê é sobre química. De onde surgiu esse conceito do elemento J? E por que vocês estão de volta ao novo?
Flausino: Queríamos que não fosse apenas sobre olhar para trás, mas que falasse sobre os dias de hoje e olhasse para o futuro, se preparando para viver o que mais vier por aí, retornar sempre para a novidade. Conversamos bastante e surgiu a ideia da química por ser algo que além de remeter ao público jovem, é preciso de muita química para fazer com que uma banda com tantas pessoas diferentes dar certo. Nós formamos um elemento único e quando encontramos a plateia acontece uma explosão. Então surgiu a ideia de criar o elemento J, e descobrimos que é a única letra do alfabeto que não tem na tabela periódica. Assim criamos o elemento com a carga 25 e temos uma molécula digital que aparece no telão em vários momentos do show. Então conseguimos dar um ar de moderno, um olhar para o futuro, efeitos, iluminação. Somos esse Jota Quest, os cinquentões com o pé no futuro.
”Fácil” é uma das 25 músicas selecionadas pela banda em turnê comemorativa
Divulgação
g1: Na primeira parte da turnê vocês esgotaram os ingressos de todos os shows. Qual é a fórmula J do sucesso mesmo após tanto tempo de estrada?
Flausino: O que a gente faz é o que grandes artistas que admiramos têm feito: trabalhar bastante, se entregar, estar sempre em movimento tentando criar coisas novas, seja uma canção, um álbum, um show, estamos sempre tentando melhorar o que sempre fizemos. Amamos música desde criança, eu comecei a cantar aos 12 anos, por exemplo. Então estamos sempre dispostos a fazer melhor. Creio que a fórmula seja estar em atividade e querendo viver mais do que já vivemos.
O amor pela música é o que dá força para continuar em atividade, diz Flausino
Divulgação
g1: O Jota Quest é uma mistura de batidas e ritmo bem complexa. Mas qual é a cadência que toca mais no coração de vocês? Quem são suas referências no mundo da música?
Flausino: A gente bebe um pouco da fonte do soul, do funk, mas somos filhos do rock. O rock chegou no Brasil e no mundo nos anos 70/80 e os nossos heróis são as bandas de rock dos anos 80. Paralamas do Sucesso, Legião urbana, Titãs, Barão Vermelho, Cazuza, eles quem abriram a primeira trincheira para um rock mais pop, um rock que chega até a televisão, que toca no rádio o dia inteiro. A nossa geração [do Jota Quest] é a dos anos 90, a primeira geração sucessora, então a gente nadou por mares muito mais bacanas porque esses caras existiram antes. Somos gratos por isso e temos eles como nossas principais inspirações.
Flausino define Jota Quest como ”filhos do rock”
Divulgação
g1: Você protagonizou uma cena de amor em cima do trio de Ivete Sangalo este ano. Como foi essa sensação?
Flausino: Estar em Salvador é sempre lindo. Eu estava com maior saudade do carnaval e quando foi chegando perto eu falei ”preciso ir para Salvador”. Arranjei uma passagem correndo e foi a coisa mais linda do mundo, subi no trio no Farol da Barra e foi muito emocionante celebrar 18 anos de namoro e 16 de casado. A energia dessa cidade é magnífica, surreal. Já estou esperando o carnaval do ano que vem.
g1: Cantar em Salvador tem um gostinho especial? O que o público pode esperar do show?
Flausino: Cantar em Salvador é muito único e sempre surreal. Essa cidade tem monstros da música e inspirações nossas que estão conosco na estrada desde o início, como Ivete e Carlinhos Brown, que são grandes amigos nossos. A formação cultural de Salvador é espelho do que aconteceu e acontece no Brasil, uma grande referência. Ficamos muito felizes de poder cantar na Concha [Acústica do TCA], a gente ama, é um dos lugares mais legais do país para fazer show. Nós vamos chegar com o maior tesão, será um show marcante, vai ser lindo.
Rogério Flausino canta com Ivete Sangalo em trio no carnaval de Salvado
g1: O décimo albúm da banda também será lançado esse ano, mas está sendo produzido desde 2019. A pandemia mudou a dinâmica das músicas feitas para o álbum? Você pode contar um pouquinho sobre o que vem por aí?
Flausino: A primeira música vem em maio, mas o disco vai sair um pouco depois. Estamos muito empolgados, está ficando bem bonito. Tem de tudo um pouco: música para dançar, de amor, esperança, está bem gravado, e o cantor está ‘afinadinho’. As expectativas estão muito boas.
Mas, a mudança que a pandemia trouxe foi justamente a confusão. Nós lançamos a primeira música do álbum pensando que seria algo que passaria de maneira rápida, mas acabamos exibindo quatro [A voz do coração, Guerra e paz, Imprevisível e Te ver superar] e escolhemos elas porque para o momento que vivíamos eram as que se encaixavam melhor, por falarem de amor e esperança, exatamente o que precisávamos naquele momento. Mas, quando retornarmos aos palcos, percebemos que faltavam canções vibrantes, faltava energia, cor, atitude. Então neste ano decidimos que faríamos um álbum completamente novo, recomeçamos em janeiro e já temos 13 músicas completamente inéditas.
Segunda etapa da turnê deve passar por cerca de 18 cidades
Divulgação
g1: Mesmo após 25 anos de carreira, o que é que mantém essa sede de ainda pensar no futuro e querer mais?
Flausino: Eu acabei de sair do estúdio muito empolgado com as canções e o resultado que estamos obtendo e é bonito quando você consegue alcançar o que ainda não tinha alcançado e manter aquela sensação de olhar para um trabalho e pensar: ‘mandamos bem aqui’. Isso que nos move, é sobre fazer um show e pensar ‘esse é o melhor show que já fizemos’, é muito bom. Nós sonhamos em fazer um grande show dentro de um estádio, explosões, etc. Se você vai no show dos Stones [The Rolling Stones], do U2, você vê um espetáculo e eu quero fazer isso. Para isso é preciso se dedicar e trabalhar cada vez mais, encontrar parceiros, se entregar muito, evoluir, para conseguir entregar algo assim. O lugar que chegamos ainda não é suficiente para nós e espero que nunca seja, para que possamos continuar evoluindo.
Veja mais notícias do estado no g1 Bahia.
Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻

Adicionar aos favoritos o Link permanente.