O ano de 2024 atingiu “novos patamares perigosos” para o clima. A informação consta no novo relatório da World Weather Attribution e da Climate Central, que detalha dados e estudos de um ano marcado pelas mudanças climáticas.
Segundo o relatório, os cidadãos do planeta enfrentaram, em média, 41 dias adicionais de calor perigoso à saúde. Não à toa, 2024 deve encerrar com o título de ano mais quente da história da humanidade.
“Os impactos do aquecimento por combustíveis fósseis [origem da maior parte dos gases de efeito estufa na atmosfera] nunca foram tão claros ou devastadores quanto em 2024. Estamos vivendo em uma nova era perigosa”, disse Friederike Otto, líder da WWA e professora de ciência climática no Imperial College de Londres.
“O clima extremo matou milhares de pessoas, forçou milhões a deixarem suas casas este ano e causou sofrimento implacável. As inundações na Espanha, furacões nos EUA, seca na Amazônia e inundações em toda a África são apenas alguns exemplos”, continuou a pesquisadora.