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Rio tem aumento de casos de dengue, coqueluche e infecções sexualmente transmissíveis em 2024

O RJ2 fez um levantamento de doenças e infecções na cidade do Rio este ano. Rio registra aumentos nos casos de coqueluche, doenças respiratórias e doenças sexualmente transmitíveis
O RJ2 fez um levantamento de doenças e infecções na cidade do Rio este ano. A dengue registrou uma explosão de casos. A coqueluche, que não aparecia desde 2021, subiu de forma preocupante. E houve aumento também de doenças respiratórias e infecções sexualmente transmissíveis.
Os mosquitos foram um dos principais vilões da saúde do carioca em 2024. O numero de casos de dengue explodiu no município. Foram mais de 110 mil registros (110.940) com 21 óbitos -um aumento de 383% (382,99%) em relação ao ano passado.
Os casos de chikungunya também registraram uma forte alta, de 40%. Os dados são do observatório Epidemiológico da Cidade do Rio de Janeiro.
“A explicação é o aumento da temperatura e também as chuvas intermitentes. Isso facilita a proliferação do mosquito aedes egypt. E o brasil teve uma grande epidemia. Pra evitar que isso se repita, e essa é a nossa preocupação, é que a gente consiga vacinar a nossa população de 10 a 14 anos, e vacinar toda a população da região de Guaratiba, que é a região que tem maior incidência de dengue. Além disso, é o momento da gente olhar pra eliminação dos focos do mosquito aedes egypt”, diz o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz.
Outros dados do Observatório Epidemiológico da cidade revelam também o crescimento preocupante dos casos de coqueluche, doença respiratória causada por bactéria. Foram 232 casos, recorde desde o início da série histórica.
Houve alta também do número de casos de hepatites virais (21,96%) e meningite (3,49%).
“A coqueluche é uma doença imunoprevinível, não faz sentido nenhum ter esse aumento de casos no Brasil. A gente tá vendo que as cidades que têm a menor cobertura de pentavalente já tão tendo óbitos pela doença. A gente vê óbitos em São Paulo, na região da Baixada Fluminense, aqui no Rio de Janeiro, em áreas de baixíssima cobertura. E essa é uma preocupação que liga o alerta em todo mundo. O Rio mesmo tendo uma cobertura alta, não é uma ilha”, diz Soranz.
Outro motivo de preocupação é o crescimento do número de infecções sexualmente transmissíveis. Este ano foram registrados mais de 14 mil casos de sífilis, um aumento de quase 10% (9,61%) em relação ao ano passado. E a incidência de novos casos de Aids continua alta no município: 2.646 casos, uma alta de 9,61%.
“Sífilis, aids e hepatite b são três doenças que vêm aumentando intensamente na cidade do Rio de Janeiro ao longo dos anos. Ao longo do último ano, esse aumento nos preocupa demais. Por isso, a gente reforça a importância de se testar, de se vacinar pra hepatite b e também fazer sexo seguro, utilizar camisinha”, acrescenta o secretário.
A boa notícia é que pelo segundo ano seguido não houve registro de sarampo no município. O número de casos de catapora caiu, assim como os de tuberculose.
“Fique atento a sua caderneta de vacina. Se vacine, se proteja, proteja sua comunidade. Depois, fique atento à proliferação do aedes egypt, porque é uma doença típica dos verões de cidades tropicais. E a gente pode ter novamente uma epidemia de dengue, se a gente não se cuidar”, alerta.
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