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Primo de jovem do PI que sumiu a caminho do trabalho no interior de SP cobra investigação: ‘Eu quero uma resposta’


Lívia Marques, de 18 anos, está desaparecida desde o dia 9 de novembro, quando saiu de casa em Jardinópolis para trabalhar em Ribeirão Preto. Família acompanha buscas e levanta suspeitas. Lívia Barbosa dos Santos Marques, de 18 anos, desapareceu há um mês e meio em Jardinópolis, SP
Arquivo Pessoal
A família da balconista Lívia Barbosa dos Santos Marques, que desapareceu no início de novembro em Jardinópolis (SP), na região de Ribeirão Preto (SP), quando estava a caminho do trabalho, cobrou a Polícia Civil sobre a investigação.
Luann Marques, que é primo dela, se mudou de Regeneração (PI), a 2.195 quilômetros, para acompanhar o caso, mas diz que até o momento, não houve avanços na apuração.
“Eu quero uma resposta. Eu preciso de uma resposta. O que está acontecendo com a gente aqui hoje é um grande descaso de informação. A minha tia [mãe de Lívia] começa a se questionar: ‘será que é por que a gente é de família humilde? Por que a gente é nordestino? A gente não tem resposta. Eu já não sei mais como argumentar com a polícia”, diz.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que as buscas pela desaparecida seguem em andamento na 3ª Delegacia de Homicídios de Ribeirão Preto.
“Já foram realizadas diligências na cidade de Jardinópolis com auxílio de câmeras de segurança, assim como o cumprimento de mandado de busca e apreensão, coleta de material genético de familiares e a representação de medidas cautelares de inteligência.”
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Sumiço a caminho do trabalho
Lívia, que é natural de Regeneração, tem 18 anos e se mudou para Jardinópolis em janeiro deste ano em busca de melhores condições de vida. Ela estava morando com uma tia e conseguiu emprego em uma loja no shopping em Ribeirão Preto.
Parte do dinheiro que ganhava como balconista mandava para os pais, que ficaram em Regeneração.
Cerca de três semanas antes de desaparecer, Lívia alugou uma kitnet em Jardinópolis e foi morar sozinha. Ela começou a se relacionar com um homem, que, coincidentemente, é da cidade natal dela.
Mas, segundo o primo, a família não aprovava o relacionamento por causa do comportamento agressivo dele. A mãe, inclusive, pediu à filha para terminar a relação.
“A Lívia se afastou desse rapaz, já não tinha mais nada com ele. Ela bloqueou esse rapaz, falou para ele não mais procurar por ela, mas ele estava insistindo em querer ver ela e ela dizendo que não”, afirma Luann.
A piauiense Lívia Marques está desaparecida em São Paulo desde o dia 9 de novembro
Reprodução
Desaparecimento
No dia 9 de novembro, Lívia saiu de casa pela manhã, como fazia todos os dias, para pegar o ônibus e ir para o trabalho. No entanto, ela nunca chegou ao destino.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia (veja na foto acima) mostram Lívia saindo de casa, levando uma mochila como de costume e usando o uniforme da loja.
No mesmo dia, a tia deu falta da sobrinha, chamou a polícia e esteve com agentes na casa da jovem. Segundo o boletim de ocorrência, não havia indícios que levantassem suspeitas de crime.
O primo diz que a jovem não tem histórico de doença mental ou problemas que pudessem motivar uma eventual fuga.
“A Lívia é uma pessoa extremamente responsável pela idade dela”, diz Luann.
A piauiense Lívia Barbosa dos Santos Marques está desaparecida em Jardinópolis, SP, desde o dia 9 de novembro
Arquivo Pessoal
Suspeitas
Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil como desaparecimento.
A tia e uma amiga de Lívia que prestaram depoimento levantaram suspeitas contra o homem com quem ela estava se relacionando. Elas alegaram que já tinham visto o rapaz ser agressivo com a balconista. A amiga, inclusive, disse à polícia que Lívia havia terminado o relacionamento, mas o homem insistia em reatar.
De acordo com Luann, o homem chegou a ser interrogado pela Polícia Civil, mas negou qualquer participação no desaparecimento de Lívia.
“Ele foi nossa primeira suspeita. A polícia chegou a apreender ele, fazer o interrogatório e apreender o telefone dele, mas logo foi liberado. Até então, a gente não tem notícias dele, o cara sumiu igual fumaça também.”
De acordo com Luann, à medida que o tempo passa, a angústia da família só aumenta e a incerteza sobre o paradeiro da jovem virou um drama.
“Me quebra mais ainda ver a situação da minha tia junto com meu padrinho. Eu já não tenho mais palavra de conforto. A gente está aqui sem um sinal, sem luz. Superar o luto se torna muito mais fácil do que superar a ausência.”
O g1 perguntou à Polícia Civil sobre a identificação de um possível suspeito no desaparecimento, mas as autoridades não comentaram o assunto.
Quem tiver informações que possam ajudar no paradeiro de Lívia pode entrar em contato pelo número 190, da Polícia Militar, ou pelo Disque-denúncia, no 181.
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