Concessionária informou que trabalha para restabelecer a energia. A Defesa Civil da capital recebeu mais de 70 ocorrências sobre quedas de árvores. Família sem luz na Zona Leste de São Paulo
Rodrigo Rodrigues/g1
Mais de 197 mil pessoas ainda estavam sem energia até 13h40 deste sábado (21) após a forte chuva que atingiu São Paulo na tarde de sexta-feira (20).
A concessionária Enel informou que “segue trabalhando para normalizar o serviço”. E que as regiões mais afetadas foram as zonas: Leste – São Mateus, Vila Prudente e Itaim Paulista; zona Oeste – Lapa, Jaraguá e Butantã, na capital; e os municípios de Mauá, Ribeirão Pires e Santana de Parnaíba.
Na primeira vez, uma forte chuva que durou poucos minutos gerou alerta na cidade das 12h54 às 14h14. Os ventos chegaram a 83,2 km/h na Estação Meteorológica de Santana, Zona Norte.
Depois, novo temporal com mais rajadas de vento colocou toda a cidade em estado de atenção às 16h27. As zonas Norte e Leste foram as mais afetadas.
A Defesa Civil da capital, informou que foi acionada para 77 atendimentos, sendo 73 delas por quedas de árvores: 32 na Zona Leste, 20 na Norte, 10 na Sul e 11 no Centro.
Outras 4 ocorrências foram por desabamento na Zona Norte da capital.
A chuva também causou um apagão nos semáforos da cidade. Segundo o balanço da Companhia de Engenharia de Tráfego, às 9h deste sábado (21), 24 semáforos estavam desligados por falta de energia elétrica.
“A companhia já acionou a manutenção para os devidos reparos, o mais breve possível. Na sexta-feira (20), o Centro de Gerenciamento de Emergências registrou 25 pontos de alagamento na cidade, sendo 5 transitáveis e 20 intransitáveis.”
Alagamentos
Chuva causa alagamento no bairro Cidade Líder, na Zona Leste.
Houve transbordamento do Rio Verde, do Córrego Franquinho na Penha, do Córrego Itaim e o Três Pontes, no Itaim Paulista, e o Córrego Água Vermelha, em São Miguel Paulista, todos na Zona Leste da capital. Com isso, Itaquera, Itaim Paulista, Penha e São Miguel Paulista entraram em estado de alerta para alagamentos.
A água invadiu a UBS Cidade Líder e os pacientes tiveram que ser retirados às pressas. A UBS tinha uma comporta, mas que se rompeu com a força d’água. O Terminal Itaquera também ficou completamente alagado e só os ônibus passavam.
Voos cancelados
Os aeroportos de São Paulo operam normalmente para pousos e decolagens, mas tiveram voos desviados e cancelados por conta da chuva.
Em Congonhas, três voos foram alternados para outros aeroportos.
No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, a GRU Airport informou que houve uma oscilação de energia devido às chuvas e ventos fortes na região do aeroporto. Por isso, sete voos foram alternados para outros aeroportos, quatro tiveram suas partidas canceladas. A energia foi reestabelecida.
Água invade UBS Cidade Líder e pacientes são retirados às pressas
Estrutura de obra desabou e atingiu carro na Zona Leste
Rodrigo Rodrigues/g1
Colchão é arrastado pela água na Zona Norte de SP
A chuva foi consequência de áreas de instabilidade devido a aproximação de uma frente fria, que virou o tempo na capital. Ao longo do dia, a chuva pode se intensificar, com rajadas de vento e queda de granizo.
Das 13h30 até 17h54, o Corpo de Bombeiros recebeu 89 chamados para queda de árvores na Grande São Paulo, todas sem vítimas.
Chuva no Centro de SP
Previsão para os próximos dias
No domingo (22), a frente fria se afasta do litoral paulista, mas o vento predominante de sul/sudeste mantém o céu com muitas nuvens e umidade elevada. O risco de novos temporais diminui, com previsão apenas de pancadas isoladas de chuva entre o final da manhã e o início da tarde, porém com baixo risco de formação de alagamentos. As temperaturas devem registrar mínima de 20°C na madrugada e a máxima por volta dos 25°C no período da tarde. A umidade do ar estará elevada, com valores entre 70% e 95%.
Já na segunda (23), o dia deve começar com termômetros na casa de 19°C durante a madrugada e amanhecer com sol entre muitas nuvens. A temperatura máxima prevista é de 24°C com taxas mínimas de umidade do ar em torno dos 60%. O calor e a chegada da brisa marítima no fim da tarde estimulam a formação de nuvens de chuva, que devem ocorrer de forma isolada e rápida. Durante a noite não há previsão de chuva, apenas variação de nuvens.