Nilso Ventris, também vereador reeleito pelo PSD na cidade, é investigado pelo Ministério Público. Segundo a Câmara, ele foi diplomado e afastamento da prefeitura não impede de assumir cargo no Legislativo. Funcionário público concursado, vereador Nilso Ventris (PSD), é afastado do cargo na prefeitura de Laranjal Paulista
Reprodução/Câmara Municipal
A Justiça determinou o afastamento temporário de Nilso Ventris, servidor público efetivo e vereador pelo PSD reeleito em Laranjal Paulista (SP), de seu cargo na Secretaria de Serviços Públicos da Prefeitura. A decisão faz parte de uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), que aponta possível prática de improbidade administrativa no uso de recursos públicos.
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Segundo a denúncia, Nilso teria utilizado máquinas e caminhões da prefeitura para realizar extração e transporte de terra de propriedade pública para beneficiar moradores que estavam com obras particulares em andamento.
A suposta irregularidade, que configura abuso de poder político e de autoridade, resultou na abertura de um processo judicial, no qual a Justiça considerou haver indícios suficientes para determinar seu afastamento inicial por 90 dias.
A juíza responsável pelo caso, Eliane Cristina Cinto, destacou que a medida cautelar é necessária para assegurar a imparcialidade das investigações e a preservação das provas no decorrer do processo. Apesar disso, o afastamento não implica perda de remuneração ou do cargo efetivo.
A Prefeitura de Laranjal Paulista informou que cumprirá integralmente a decisão judicial. Disse ainda que, o servidor será realocado em outra repartição pública, sem vínculo com o setor em que supostamente ocorreram as irregularidades mencionadas.
“A administração municipal reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e o pleno respeito às decisões judiciais, adotando todas as providências cabíveis para garantir a continuidade da prestação de serviços à população de Laranjal Paulista”.
A Câmara Municipal confirmou que o vereador, reeleito em outubro, foi regularmente diplomado e deverá tomar posse na próxima legislatura, sem impedimentos legais para sua atuação no Legislativo.
Até a publicação desta reportagem, não conseguimos contato com o servidor afastado.
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