Caro(a) leitor(a),
Recentemente, tive um encontro especial. Não foi uma reunião de negócios, nem um evento social. Foi algo muito mais simples, porém poderoso: um encontro com amigas. Éramos oito mães, veteranas de um grupo que começou há 12 anos, na escola de nossos filhos. Nos chamamos de “veterenas” — raiz, sem frescuras, amigas de verdade. E, naquela noite, entre risadas de doer a barriga e memórias compartilhadas, me dei conta de algo: a amizade é a cura para muitos dos nossos males.
Cindy Lauper, com seus 71 anos apresentou um dos melhores shows da última edição do Rock in Rio quando fez várias gerações ecoarem seu hit mais famoso, “girls just wanna have fun”, um hino a diversão. Mas não é só sobre diversão. É sobre se permitir. Permitir-se rir até a maquiagem borrar, até a barriga doer, até que a alma, exausta do peso cotidiano, encontre um alívio. E, se há algo que a vida me ensinou, é que amigos são a família que escolhemos.
No clássico Sex & The City, Carrie Bradshaw dizia: “Dizem que nada dura para sempre; sonhos mudam, tendências vão e vêm, mas amizades nunca saem de moda.” A série nos mostrou que, enquanto enfrentamos desafios — sejam eles um chefe complicado, um coração partido ou uma fase difícil com os filhos —, as amizades verdadeiras estão lá, firmes, oferecendo apoio e arrancando gargalhadas quando mais precisamos.
E não é apenas sobre a companhia, mas sobre a qualidade dela. Vivemos em um mundo onde muitas relações são baseadas no interesse, mas as verdadeiras amizades são interessadas — em você, na sua felicidade, na sua essência. Elas querem saber como foi seu dia, suas dores e seus sonhos. São essas pessoas que nos lembram quem somos, especialmente quando esquecemos.
Ciência e poesia concordam: rir é remédio. Pesquisas mostram que uma boa gargalhada reduz o estresse, fortalece o sistema imunológico e até melhora o funcionamento do coração. Frida Kahlo com toda sua intensidade, já dizia: “Nada vale mais que o riso. É preciso rir de tudo, principalmente de si mesmo.”
E que alívio é poder rir de nós mesmas com pessoas que nos conhecem tão bem, que não precisam de explicações. Porque, sejamos sinceros, rir de si mesmo (a) é libertador. E fazer isso em grupo é revolucionário.
Esses encontros, por mais simples que sejam, são como uma pausa na correria da vida. Um lembrete de que, mesmo em meio às nossas responsabilidades, precisamos desse escape, desse abraço que só a amizade pode oferecer. No fim, não importa quantos anos se passaram ou onde a vida nos levou, as amizades verdadeiras permanecem — porque são mais do que relações; são refúgios.
Então, caro(a) leitor(a), que tal marcar aquele encontro com seu grupo de amigos (as)? Permita-se rir mais, gargalhar até o mundo parecer mais leve.