O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a proposta de aumentar faixa de isenção do IR
Adriano Machado/Reuters
Depois da aprovação do pacote fiscal no Congresso, a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará as contas sobre o resultado final dos projetos aprovados para decidir sobre a adoção de medidas adicionais.
Técnicos já avaliam que elas serão necessárias, porque os parlamentares estão fazendo mudanças que vão desidratar o pacote.
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Ao lançar as medidas, o Ministério da Fazenda calculou que elas teriam um impacto de economizar R$70 bilhões nos próximos dois anos. O mercado fala em menos, algo na casa de R$ 50 bilhões.
Só que o Congresso já tem feito mudanças e prometido outras ao longo desta quinta-feira (19) que vão reduzir essa economia.
Em conversas com parlamentares nesta semana, o ministro Fernando Haddad admitiu que, após a aprovação do pacote, ele vai checar com sua equipe qual será de fato a economia.
E avisou que irá adotar medidas adicionais no próximo ano para garantir a economia necessária para zerar o déficit público no ano que vem.
Haddad tem dito nos últimos dias, durante as negociações das medidas, que o governo não pode deixar de cumprir a meta fiscal do ano que vem. E tem pedido o apoio do Congresso para atingir esse objetivo.
Caso contrário, o efeito sobre a economia será muito negativo, mais do que o que está acontecendo nos últimos dias. Nesta quarta-feira (18), o dólar fechou o dia valendo R$ 6,26.
O Congresso tem resistido a algumas mudanças propostas pelo governo. Nesta quarta (18), por sinal, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AAL), suspendeu a sessão para votação da PEC sobre abono salarial por causa do risco de derrota.
Na votação preliminar, para dar preferência à proposta na pauta de votação, o governo ganhou, mas com um placar apertado, 294 votos. Para aprovar a PEC, o Palácio do Planalto precisa de no mínimo 308 votos.
– Esta reportagem está em atualização