As vendas de Natal, em 2024, deverão movimentar R$ 69,75 bilhões em todo o país, segundo dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). E com o aumento das vendas, cresce o risco de cair fraudes no fim de ano. Nesta época, as principais ofertas falsas estão relacionadas a viagens, presentes e, até mesmo, vagas de emprego.
Segundo o advogado Daniel Romano Hajaj, cada golpe tem sua particularidade e o objetivo do criminoso é sempre lucrar em cima do interesse de compra da vítima.
“Os principais golpes usam a venda de pacote de viagens, presentes, cartões de natal e de fim de ano, e até ofertas de empregos, sempre com objetivo de tirar o máximo de dinheiro do consumidor. No caso das vagas de emprego, eles pedem o pagamento de uma taxa ou realização de curso profissionalizante. Com os dados da vítima, cometem outras fraudes”, afirma.
Como não cair em fraudes no fim de ano
A ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) prevê um crescimento de 9,8% nas vendas em lojas virturais durante o período do Natal, situação que deve alavancar ofertas e promoções enganosas nas redes sociais, ou falsos sites de venda.
“Ao clicar no link indicado, ou é um site falso, ou é de um produto que nunca será entregue, causando prejuízo ao consumidor. Também há o golpe do sorteio, onde os criminosos se valem da boa fé do brasileiro para aplicar golpes”, destaca o advogado.
Para ter certeza de que está em um ambiente seguro para a compra, o consumidor precisa ter atenção aos detalhes. “É essencial sempre ter um antivírus atualizado no computador, não clicar em nenhum link desconhecido e sempre, antes de efetivar o pagamento, identificar quem é o beneficiário da conta de destino”, pontua Hajaj, para que o consumidor não caia em fraudes no fim de ano.
Pacotes de viagens e ofertas de Airbnb são chamariz, diz especialista
Parte da populção decide viajar durante as festas e as pesquisas na internet podem direcionar para anúncios de fraudes no fim de ano. Por isso, antes de confirmar uma compra ou informar dados pessoais, o consumidor precisa se certificar da veracidade da página, priorizando sempre por empresas reconhecidas do segmento e plataformas oficiais.
“Os criminosos fazem anúncios como se fossem de empresas sérias e renomadas, mas acabam transferindo você para um site falso, muito parecido com o da empresa, e só depois do pagamento é que você se dá conta de ter caído em um golpe”, alerta Daniel Hajaj.
Em caso de dúvidas, o consumidor deve evitar realizar a compra virtual e conferir a URL de qualquer site antes de fornecer informações pessoais. Além disso, o cliente pode procurar atendimento em loja física, caso haja esta opção. Do contrário, o recomendado é procurar outro estabelecimento e garantir a segurança da compra.