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Dólar bate novo recorde, apesar de aprovação de primeira parte do pacote de gastos na Câmara dos Deputados


A cotação do dólar frente ao real aumentou 2,82% ao longo do dia, levando a moeda americana a um novo patamar histórico de valor.. E isso mesmo com a aprovação de parte das medidas de corte de gastos do governo na Câmara. Câmara dos Deputados aprovou primeira parte do pacote de corte de gastos
Imagem: TV Globo
As incertezas e desconfianças do mercado financeiro sobre as contas públicas provocaram mais um recorde, nesta quarta-feira (18).
A cotação do dólar frente ao real aumentou 2,82% ao longo do dia, levando a moeda americana a um novo patamar histórico de valor. E isso mesmo com a aprovação de parte das medidas de corte de gastos do governo, na terça-feira (19) à noite, na Câmara.
A votação foi depois de um dia de intensa negociação. Para garantir a presença dos deputados no plenário, o presidente da Câmara, Arthur Lira, do Progressistas, avisou que iria punir a falta sem justificativa com corte no salário.
O governo conseguiu aprovar com folga o primeiro projeto do pacote fiscal. Placar: 318 votos a favor, 149 contra. 46 deputados não votaram.
O texto aprovado estabelece que, se as contas públicas apresentarem resultado negativo, o governo fica proibido de:
Dar novos benefícios fiscais ou ampliar os já existentes;
Aumentar despesa com pessoal.
O projeto ainda autoriza o governo a cortar o pagamento de emendas parlamentares quando as contas estiverem no vermelho.
Ao todo, o pacote fiscal apresentado pelo governo tem quatro projetos. Se todos forem aprovados, a expectativa é economizar R$ 370 bilhões até 2030. Há uma preocupação de que as medidas sejam desidratadas no Congresso e não consigam garantir essa economia.
O relator, deputado Átila Lira, do Progressistas, disse que há empenho para aprovação:
“Eu acho que todo mundo tá muito preocupado e sensível a essa questão da economia, o dólar, o ciclo de juros. Então, assim, a preocupação é muito grande. Eu vejo um empenho muito grande de ambas as casas pra que a gente vote. Um dos grandes problemas hoje é que o mercado está ainda sob suspeição se a gente está realmente com vontade de cortar, se o governo quer realmente, efetivamente, reduzir as despesas. Então, a gente tem que provar para o mercado que a gente realmente quer, tem essa intenção.”
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