O número de presos durante a operação “Nexu”, que investiga o furto de ao menos 100 caminhonetes de luxo em diversas cidades do Litoral e Norte catarinense, subiu para 13 na manhã desta quarta-feira (18). Segundo o delegado Diego Azevedo, o grupo, com um núcleo em Joinville, estava em atividade há cerca de seis meses e praticava crimes como furto, adulteração de veículos e extorsão.
Como funcionava o esquema de furtos de luxo?
De acordo com o delegado, o grupo trazia os veículos furtados para Joinville, onde iniciavam o processo de extorsão. “Posteriormente, realizavam uma extorsão às vítimas, oferecendo o mesmo veículo furtado para ser comprado de volta. Em seguida, encaminhavam os carros já adulterados ao estado do Paraná”, detalhou Azevedo.
O grupo atuava de forma organizada, com membros especializados em diferentes etapas dos crimes, segundo a investigação. Alguns integrantes eram responsáveis pelos furtos, enquanto outros escondiam os veículos e realizavam a adulteração das placas para facilitar o transporte até o Paraná.
Operação em três cidades
A Polícia Civil informou que foram expedidos 33 mandados de busca e apreensão, além de 20 mandados de prisão. A operação ocorre simultaneamente em três municípios: Jonville, Araquari e Itajaí.
Os crimes pelos quais o grupo é investigado ocorreram em Joinville, Penha, Balneário Piçarras, Itajaí, Navegantes, Brusque, Balneário Camboriú e Itapema. Após serem furtados, os veículos eram adulterados e transportados para o Paraná. Até o momento, mais de 80% dos automóveis furtados foram recuperados, conforme balanço das autoridades.
Força-tarefa policial
A operação é fruto de uma ação coordenada entre a Polícia Civil, a Inteligência da Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal, sob a coordenação da DEIC (Diretoria Estadual de Investigações Criminais).