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Órgão de saúde dos EUA publica alerta sobre viagens ao ES por causa da febre oropouche; morte foi confirmada


Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos orientou que principalmente grávidas evitem viagem para o Espírito Santo. Estado teve a primeira morte confirmada pela doença no início de dezembro. Febre Oropouche alerta sobre importância de redobrar cuidados em parques e áreas de mata
O aumento no número de casos de febre oropouche no Brasil fez com que o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos publicasse nesta segunda-feira (16) uma recomendação alertando quem for viajar para o Brasil, em especial para o Espírito Santo. O estado é o segundo no país, fora da Amazônia, com maior número de casos. São mais de 3.100 diagnósticos, além de já ter registrado sua primeira morte pela doença.
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Na publicação foi utilizada uma foto da Terceira Ponte com a Baía de Vitória e um aviso para quem for viajar para o Brasil, especialmente para o Espírito Santo, para que os viajantes chequem as orientações de saúde dadas pelo órgão.
A Febre Oropouche é uma arbovirose, ou seja, uma doença causada por vírus transmitidos por artrópodes. Neste caso, o mosquito transmissor da doença é o ‘maruim’.
Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos publicou alerta nas redes sociais sobre a febre oropouche, com destaque para a situação no Espírito Santo
Reprodução/Redes sociais
O texto diz ainda que a febre oropouche está associada a morte de fetos e outras deficiências, e faz um alerta especial para as grávidas para que evitem viajar para o estado e busquem orientações com o plano de saúde.
Já na página oficial do Centro, existe um artigo que pontua o Espírito Santo como área com elevado número de casos da doença e classifica o estado como nível 2 de alerta.
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Além disso, algumas dicas de prevenção como evitar picadas de mosquito, utilizar preservativos e evitar relações sexuais durante a viagem e por seis semanas, são dadas.
Situação da febre oropouche no Espírito Santo tem artigo na página do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos
Reprodução
Estudos
No mesmo dia da publicação pelo CDC, o estado recebeu um seminário nacional para debater ações para controlar a doença.
O evento em Vitória durou dois dias e reuniu profissionais de saúde de instituições de pesquisas como o Instituto Evandro Chagas e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e de estados brasileiros que vêm registrando casos da doença em seus territórios, como Pernambuco, Bahia, Ceará, Pará, Rio de Janeiro, Roraima, Rondônia.
Seminário nacional para falar sobre a situação da febre oropouche foi realizado em Vitória, no Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
Recentemente pesquisadores do Instituto Evandro Chagas coletaram amostras do mosquito transmissor da doença em Iconha, cidade do Sul do Estado que registra quase 450 casos de Oropouche.
O virologista Edson Delatorre coordena estudos sobre a doença na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e disse que a taxa de transmissão está em alta.
” A gente fez uma estimativa de como foi a taxa de transmissão na primeira onda, a gente estimou que elas estavam por volta de 2, 3, o que é muito comum para as arboviroses. Já observaram isso para a zika, chikungunya, em outros contextos. Só que usando esse parâmetro para estimar agora a taxa de transmissão da segunda onda, a gente percebeu que ela estava em uma faixa muito maior, na ordem de 7 a 8. Numa taxa de transmissão isso significa que um indivíduo está transmitindo para outros 8 indivíduos, muito alta essa taxa”, comentou.
Situação no estado
Atualmente, o estado possui um óbito confirmado e outra morte está sendo investigada. O óbito atestado é de uma mulher de 61 anos, moradora de Fundão, na Região Metropolitana, e ocorreu no dia 28 de agosto. A identidade da paciente não foi informada.
Segundo boletim do Ministério da Saúde, até o dia 1º de dezembro, outras três mortes ocasionadas pelo Oropouche foram confirmadas no país, sendo duas no estado da Bahia e um óbito fetal em Pernambuco.
Cláudia Souza, de 24 anos, que morreu por febre Oropouche
Reprodução/TV Globo
De acordo com a Secretaria de Saúde, foi identificada a transmissão vertical do Oropouche em quatro pacientes no estado, ou seja, a transmissão do vírus a partir da mãe para o seu feto no útero ou recém-nascido durante o parto.
Também foi confirmado um caso de má-formação congênita em um recém-nascido. A criança nasceu em 16 de novembro e teve diagnóstico de microcefalia – uma condição em que a cabeça do bebê é significativamente menor do que o esperado, muitas vezes devido ao tamanho reduzido do cérebro. Não foram divulgadas outras informações sobre o caso.
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