Apenas 38% da população paraibana havia lido um livro até três meses antes do levantamento. Livros ‘Ciço de Luiz’, ‘O voo da guará vermelha’ e ‘Auto da Compadecida’ sobre um tapete xadrez ao lado de um óculos cor de vinho
Iara Alves / g1
A Paraíba é o 3º estado do Nordeste com menos leitores. Segundo a 6ª edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, divulgada nesta quarta-feira (18), apenas 38% da população paraibana é considerada leitora.
O levantamento define como leitor a pessoa que “leu, inteiro ou em partes, pelo menos um livro de qualquer gênero, impresso ou digital, nos últimos 3 meses” anteriores à pesquisa.
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Em todo o Nordeste, apenas o Ceará apresentou um índice de mais da metade da população considerada leitora, com uma taxa de 54%. Já o Rio Grande do Norte tem o pior resultado, com 33% de leitores.
Confira os percentuais de leitores na região Nordeste (organizados por ordem decrescente), que tem em média 48% leitores:
Ceará: 54%
Pernambuco: 46%
Maranhão: 45%
Bahia: 42%
Sergipe: 40%
Alagoas: 39%
Paraíba: 38%
Piauí: 37%
Rio Grande do Norte: 33%
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Em todo o país, 47% da população é considerada leitora. Ainda levando em conta o cenário nacional, a maior parte dos leitores tem nível superior de ensino, sendo 63% dos entrevistados. Esse percentual é menor do que o da última pesquisa, feita em 2019, quando o registro foi de 68%.
Também em todo o país, as mulheres leem mais e são 49% do total, enquanto os homens formam 44%.
A faixa etária com mais leitores é a de pessoas entre 11 e 13 anos de idade. Já a com menos pessoas consideradas leitoras é de pessoas com 70 anos ou mais.
Por ano, a média de leitura registrada pela pesquisa é de 1,89 livro por leitor, também menor do que em 2019, quando era de 2,41.
Entre os mais lidos, estão a Bíblia, seguida pelos contos, romances, obras religiosas e poesia.
Os livros mais citados foram a Bíblia, O Pequeno Príncipe, Turma da Mônica, Harry Potter e Diário de um Banana. E os autores mais mencionados foram Machado de Assis, Monteiro Lobato, Mauricio de Sousa, Clarice Lispector e Jorge Amado.
Já como motivação para a leitura, estão a afinidade com os livros, a distração que eles proporcionam, a atualização de conhecimentos, o crescimento pessoal e a aprendizagem de novas coisas.
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