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Dólar abre pregão de olho em pacote fiscal no Brasil e decisão de juros nos EUA


No dia anterior, a moeda fechou em alta de 0,02%, cotada a R$ 6,0956. Ibovespa encerrou com avanço de 0,92%, aos 124.698 pontos.
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O dólar inicia o pregão desta quarta-feira (18), com investidores de olho em fatores do cenário doméstico e do exterior. Por aqui, as atenções seguem com o pacote fiscal do governo, enquanto lá fora o dia é marcado pela reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Na noite desta terça (17), a Câmara dos Deputados aprovou uma primeira parte do pacote de corto de gastos enviado pelo governo federal ao Congresso. O texto aprovado proíbe a ampliação de benefícios tributários quando as contas públicas tiverem um desempenho negativo.
Além disso, quando o o governo registrar déficit primário (situação em que as despesas são maiores que o dinheiro arrecadado), a proposta aprovada ativa um “gatilho” que limita o aumento de gastos do governo com pessoal.
Há expectativa de que a Câmara vote nesta quarta outros pontos centrais do pacote de corte de gastos, como mudanças na regra do salário-mínimo e abonos salariais. Depois, as propostas seguem para o Senado.
A expectativa do governo é que, com a aprovação dessas medidas, o país tenha uma economia de R$ 70 bilhões em 2025 e 2026, e de R$ 327 bilhões até 2030.
As medidas são necessárias para equilibrar as contas públicas, já que a meta do governo é de déficit zero (quando o arrecadamento é igual ao nível de despesas) nos próximos dois anos.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,02%, cotada a R$ 6,0956, renovando seu recorde nominal (que é o valor da moeda sem ajuste pela inflação).
Com o resultado, acumulou:
ganhos de 1,01% na semana;
alta de 1,58% no mês;
avanço de 25,62% no ano.

Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice subiu 0,92%, aos 124.698 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,07% na semana;
perda de 0,77% no mês;
recuo de 7,07% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
O governo precisa reduzir os gastos porque tem uma meta de zerar o déficit público pelos próximos dois anos — ou seja, gastar o mesmo tanto que arrecada em 2024 e 2025. São as regras definidas pelo arcabouço fiscal, o conjunto de normas para controle das contas públicas.
O arcabouço também estipula que o governo deve começar a arrecadar mais do que gasta a partir de 2026, para controlar o endividamento público. Mas os investidores já não acreditam que as medidas tomadas pelo governo até aqui tenham o potencial para conter o avanço da dívida pública no longo prazo.
O mercado tinha a expectativa de que o governo mexesse em gastos estruturais nesse pacote de corte de gastos — como a Previdência, benefícios reajustados pelo salário mínimo e os pisos de investimento em saúde e educação. Isso não aconteceu.
Segundo os analistas, essas despesas tendem a subir em velocidade acelerada e têm potencial de anular esse esforço do pacote em pouco tempo. O governo, contudo, é avesso às medidas, que mexeriam com políticas públicas e com promessas de campanha do presidente Lula.

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