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Ex-informante do FBI admite que mentiu sobre negócios da família Biden na Ucrânia

Um ex-informante do FBI admitiu ter mentido sobre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu filho Hunter, e agora enfrenta até seis anos de prisãoStefani Reynolds

Stefani Reynolds

Um ex-informante do FBI admitiu, nesta segunda-feira (16), ter inventado que o presidente americano Joe Biden e seu filho Hunter receberam 5 milhões de dólares (R$ 30 milhões) em propina de uma empresa energética ucraniana.

Alexander Smirnov, de 44 anos, declarou-se culpado de criar um registro falso em uma investigação federal, assim como de três acusações de evasão fiscal por não pagar impostos e multas por receitas de 2,1 milhões de dólares (R$ 12,7 milhões) entre 2020 e 2022.

Smirnov, nascido na Rússia e com dupla nacionalidade americana e israelense, enfrenta até seis anos de prisão segundo os termos do acordo de culpabilidade que firmou com os promotores.

O juiz Otis Wright, do distrito central da Califórnia, com sede em Los Angeles, marcou a sentença para 8 de janeiro.

Smirnov foi acusado de fabricar afirmações segundo as quais a empresa energética ucraniana Burisma havia pagado milhões de dólares em propina a Hunter Biden, que fazia parte do conselho da Burisma, e a seu pai, que era vice-presidente de Barack Obama naquele momento, para protegê-la de uma investigação criminal.

“Os eventos que o acusado informou, pela primeira vez, ao encarregado [do FBI] em junho de 2020 eram fabricações”, segundo a apresentação do acordo de culpabilidade.

Os congressistas republicanos que pretendiam destituir Joe Biden usaram as declarações de Smirnov como prova de que a família Biden estava coletivamente envolvida em uma empresa criminosa.

Contudo, o processo de destituição na Câmara dos Representantes não encontrou nada que corroborasse as acusações e ficou paralisado.

Hunter Biden foi condenado no princípio do ano por crimes fiscais e de posse de armas, e seu pai lhe concedeu o indulto.

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