Pedro Guilherme Gioia de Moraes foi o segundo titular da pasta desde a prisão de Wilson Pollara. Ele disse que a intervenção estadual na saúde da capital tornou seu cargo dispensável. Pedro Guilherme Gioia de Moraes, secretário de Saúde de Goiânia
Divulgação/Prefeitura de Goiânia
O Secretário de Saúde de Goiânia pediu exoneração do cargo 12 dias após tomar posse, nessa segunda-feira (17). Pedro Guilherme Gioia de Moraes declarou que a intervenção estadual na gestão da saúde da capital tornou seu cargo dispensável. Ele foi o segundo a assumir a pasta desde a prisão do alto escalão da secretaria, investigado por irregularidades no pagamento de fornecedores.
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“Diante do atual processo de intervenção, acredito que a figura do secretário se torna dispensável”, escreveu Pedro Gioia em nota divulgada pela Secretaria Municipal da Saúde.
O secretário disse ainda que a pasta precisa ter um único gestor para que os desafios enfrentados possam ser resolvidos com mais rapidez.
“A secretaria enfrenta um momento desafiador que exige decisões rápidas, objetivas e centralizadas. Para isso, é fundamental contar com um único tomador de decisões, evitando fluxos diferenciados ou dispersos que comprometam a agilidade na resolução dos problemas”, afirmou.
Pedro Gioia foi o terceiro Secretário de Saúde da capital em menos de 20 dias. Wilson Pollara foi o titular da pasta até ser preso, em 27 de novembro de 2024. Cynara Mathias também deixou o cargo no dia 4 de dezembro, uma semana após a nomeação. Ela alegou motivos pessoais, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.
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A Justiça determinou a intervenção do governo estadual na saúde de Goiânia no dia 9 de dezembro de 2024. O médico Márcio de Paula Leite foi nomeado como interventor pelo governador Ronaldo Caiado (União), a partir da indicação do prefeito eleito da capital, Sandro Mabel (União) no dia 10 de dezembro.
O pedido de intervenção estadual foi realizado pelo Ministério Público de Goiás. De acordo com a subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Fabiana Lemes Zamalloa do Prado, o MP acompanha a situação do serviço de saúde de Goiânia desde o início do ano.
O órgão identificou o sucateamento de unidades de saúde; tempo de mais de 24 horas de espera em unidades hospitalares; internações inadequadas; retenção de verbas federais; e outras irregularidades.
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Crise na saúde
A gestão municipal da saúde de Goiânia passa por uma crise que gerou a prisão do alto escalão da Secretaria de Saúde da capital. Eles são investigados por suspeita de pagamentos irregulares e desvio de verbas da saúde.
Entre as irregularidades que causaram maior comoção social, está a demora na disponibilização de leitos de UTIs na capital, que causou a morte de pelo menos seis pessoas.
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