À polícia, a mãe da criança também alegou acidente doméstico. Segundo delegado, laudo da perícia aponta outros motivos. Polícia investiga morte de bebê após ele chegar em hospital com hematomas
O pai do bebê de 1 ano e 9 meses, que morreu após ser levado ao hospital com fraturas e sinais de agressão, foi preso junto com a mãe da criança, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PC-GO), em depoimento, o homem contou que um armário caiu sobre o menino, que foi identificado pela polícia como Pedro Benjamin Gonçalves de Mello. A versão de acidente doméstico também foi alegada pela mulher.
O delegado responsável pelo caso, Rilmo Braga, da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), disse que o casal passou por audiência de custódia no fim de semana. A mulher, uma auxiliar de serviços gerais de 23 anos, foi solta e a prisão do homem, um pintor de 29 anos, foi mantida pela Justiça.
O g1 não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos até a última atualização desta reportagem.
Sobre o suposto acidente doméstico alegado pelos pais, Rilmo Braga contestou o relato dos dois. Segundo ele, o laudo pericial apontou outros motivos da causa da morte do bebê. “Politraumatismo com sinais de maus tratos”, afirmou o delegado.
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O delegado ressaltou que segunda-feira (16) os flagrantes do pai e da mãe do bebê foram encaminhados para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), onde tramitará o inquérito.
Mesmo questionado, Rilmo Braga não esclareu o motivo da soltura da mãe. Acerca de mais informações do caso, a assessoria de imprensa da PC-GO agendou uma coletiva de imprensa para a tarde desta segunda.
Pai e mãe do bebê durante prisão por suspeita de causa morte de criança após agressões, Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
Entenda o caso
A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que gere o Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC), informou que no sábado (14), por volta de 1h30, o pai deu entrada na unidade com o bebê desacordado.
A equipe tentou uma reanimação, mas ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. Por causa da gravidade das lesões no corpo do paciente, que foi levado pelo pai, a equipe médica acionou a polícia.
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