As festas de fim de ano são tradicionalmente associadas a momentos de união e amor, mas com o aumento das postagens em redes sociais, essa época também pode gerar sentimentos de insatisfação e ansiedade. Você sabe como escapar da armadilha mais cruel deste período, que é a comparação?
Fim de ano nas redes sociais: como escapar da armadilha da comparação – Foto: Freepik/Divulgação/ND
Estudos mostram que a comparação social intensificada pelas redes pode prejudicar o bem-estar mental. Por isso, adotar estratégias conscientes é fundamental para evitar esses impactos e aproveitar o período de maneira mais saudável.
O impacto das redes sociais no fim de ano
Segundo um estudo publicado na Journal of Social and Clinical Psychology, reduzir o uso de redes sociais para 30 minutos por dia pode diminuir significativamente sintomas de depressão e ansiedade.
Essa redução pode ser ótima se adotadas durante as festividades do fim de ano, pois neste momento, os feeds das plataformas são inundadas por postagens que exibem momentos idealizados, como festas, viagens e trocas de presentes. A vida perfeita compartilhada online pode desencadear o fenômeno da comparação social, conforme o estudo.
Além disso, um relatório publicado pela RSPH (Royal Society for Public Health), no Reino Unido, indica que redes sociais como Instagram e Facebook estão ligadas ao aumento de problema de autoestima. No fim de ano, tais impactos podem ser amplificados pela pressão cultural para celebrar ou mostrar suas conquistas.
o fim de ano, tais impactos podem ser amplificados pela pressão cultural para celebrar ou mostrar suas conquistas – Foto: Freepik/Divulgação/ND
Por que a comparação acontece?
A comparação social é um comportamento natural do ser humano. Para a psicologia, existe um conceito que intensifica esse processo, que é o F.O.M.O, sigla em inglês para “fear of missing out”, ou em português “medo de ficar de fora”.
Segundo o Ministério da Saúde, o conceito é amplamente estudado e descrito como uma consequência direta ao uso excessivo de redes sociais. Além disso, pesquisas indicam que o F.O.M.O ocorre quando vemos amigos e conhecidos vivendo experiências mais felizes.
Dicas para reduzir os impactos negativos
Diversos estudos oferecem caminhos para minimizar os efeitos prejudiciais das redes sociais durante o fim de ano:
- Reduza o tempo nas redes sociais: pesquisas indicam que limitar o uso diário pode melhorar o humor e reduzir sintomas de ansiedade. Desative notificações para diminuir a tentação de acessar constantemente;
- Pratique a gratidão: estudos da Greater Good Science Center, da Universidade de Berkeley, mostram que a prática regular de gratidão aumenta a satisfação com a vida e reduz a comparação social. Anote conquistas pessoais ou momentos especiais do ano;
- Customize seu feed: estudos sugerem que consumir conteúdos positivos pode mudar a experiência online. Deixe de seguir perfis que causam desconforto e priorize contas que inspiram e educam;
- Priorize interações presenciais: a conexão offline fortalece os laços sociais e reduz a necessidade de validação externa. Planeje encontros com amigos e familiares para focar no momento presente;
- Reflita sobre o que consome online: a American Psychological Association recomenda adotar um olhar crítico ao consumir conteúdos nas redes, lembrando que as postagens não representam a realidade completa das pessoas.
Dê adeus às comparações
O fim de ano deve ser um momento de conexão com a sua história, não uma comparação com a de outras pessoas. Ao entender como as redes sociais afetam sua percepção e adotar estratégias para lidar com esses impactos, é possível transformar essa época em um período mais leve e significativo.
Lembre-se: o que importa é celebrar suas conquistas, por menores que pareçam. Faça uma pausa, respire fundo e valorize o que você tem agora.
O fim de ano deve ser um momento de conexão com a sua história, não uma comparação com a de outras pessoas – Foto: Freepik/Divulgação/ND
