Colheita vai de novembro a maio, mas fruta é pouco procurada depois das festividades. ID 13183137
A romã tem presença praticamente garantida nas gôndolas do supermercado e feiras no fim do ano. Apesar de ser uma das frutas mais consumidas no Paraná nessa época, a produção no estado ainda é pequena: apenas cerca de 40 mil kg por ano, que são cultivados em cinco hectares, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral).
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Com área tão modesta, o estado não produz toda a romã que consome – parte vem de outros estados e até de fora do país. Ainda assim, passadas as festividades, a fruta chega a sobrar nas plantações.
PR não produz toda romã que consome no fim do ano; produção é pequena no estado
Caminhos do Campo/RPC
O agricultor Diogo Shimizu cultiva dois mil pés de romãs em 2,5 hectares em Assaí, na região norte do Paraná. Segundo ele, o consumidor costuma associar a romã com superstições de fim de ano, mas a fruta pode ser consumida praticamente o ano inteiro.
“Ela ainda é pouco utilizada na culinária, ou para fazer suco. O pouco que tem às vezes, é até muito”, ele diz.
O resultado da baixa procura pode ser visto em campo: frutas escuras salpicadas pela terra, parte da produção da última safra que não foi vendida. “Consigo vender em torno de 60%, a perda pode chegar a até 40%.”
Shimizu começou a colheira em novembro e deve seguir o trabalho até maio de 2025. As romãs são vendidas por cerca de R$ 10 o quilo, mesmo preço do ano passado e os principais compradores são as cinco Centrais de Abastecimento (Ceasa) do Paraná.
A esperança é que, aos poucos, o hábito de consumo mude e a qualidade aumente.
“Seria interessante ter gente consumindo a romã até a Páscoa. Espero que, um dia, chegue a vender tudo”, diz Paulo Mileo, técnico agrícola que faz a assessoria do produtor.
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