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IBGE faz mutirão em 17 estados e no DF para coletar dados de moradores de bairros nobres que ainda não responderam ao Censo

Enquanto a média nacional de pesquisas não respondidas é de 5,5%, em alguns condomínios de alta renda, como um na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, a média vai a 30%. IBGE faz mutirão para coletar dados de moradores de bairros de alta renda que ainda não responderam ao Censo
O IBGE fez um mutirão em 17 estados e no Distrito Federal, neste sábado (15), para coletar dados de moradores de bairros nobres que ainda não responderam ao Censo.
O tempo regulamentar terminou em fevereiro, mas nesse fim de semana, os recenseadores do IBGE voltaram a campo para uma espécie de prorrogação, uma última tentativa de encontrar quem não foi encontrado, de pesquisar quem não foi pesquisado, como o empresário Rafael Porto.
“Eu não estava em casa. Eles sempre deixavam mensagem para entrar em contato. Só que aí, na correria do dia a dia, a gente acabou não entrando em contato e viu a oportunidade perfeita aqui de responder”, diz ele.
O foco neste sábado são os condomínios de alta renda, locais onde o IBGE teve muita dificuldade de chegar desde o começo do Censo, em agosto do ano passado.
“Tem um condomínio: 50 pessoas, 49 se recusaram. O administrador diz o seguinte: aos moradores não interessa responder o Censo, eles não estão interessados em responder”, conta André Loureiro, responsável pelo Censo nos bairros da Barra da Tijuca e do Recreio.
Agora olha só essa informação: enquanto a média nacional de pesquisas não respondidas é de 5,5%, em condomínios de alta renda, como um na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, ela vai a 30%. Por isso esse trabalho está sendo feito este sábado no Rio de Janeiro e em outros 16 estados.
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É um esforço final para que o IBGE consiga reunir, finalmente, as informações que estavam faltando e que são tão valiosas. Por isso, essa nova rodada de visitas, principalmente nas grandes cidades.
Goiânia, Palmas, São Paulo e Fortaleza foram algumas das capitais onde teve trabalho neste sábado. Tanta persistência tem valido a pena. Nos três primeiros meses do ano, o IBGE conseguiu incluir no Censo 12 milhões de pessoas – brasileiros e brasileiras que não tinham sido entrevistados e que talvez ficassem de fora do retrato mais completo que se pode ter do Brasil.
“Ou seja, conseguimos colocar praticamente uma cidade de São Paulo dentro do Censo”, ressalta Cimar Azeredo, presidente interino do IBGE.
A expectativa é que o trabalho seja definitivamente concluído em abril e que os dados oficiais sejam divulgados em maio. Pela última contagem, 193 milhões de brasileiros já foram recenseados – 91% da população. Dados que, muito em breve, vão incluir a Dona Albertina, que estava passando ali por acaso e parou para conversar com o IBGE.
“Vou responder o Censo agora, com o maior prazer. Quero fazer parte desse Brasil”, afirmou a auxiliar de cartório Albertina Silva.

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