Conclusão de Angra 3 estava na pauta da reunião do Conselho Nacional de Política Energética, que deveria decidir sobre a autorização para implantar a usina e o preço da energia comercializada. Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia.
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O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) adiou nesta terça-feira (10) a decisão sobre a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A conclusão de Angra 3 estava na pauta da reunião do CNPE, que deveria decidir sobre a autorização para implantar a usina e o preço da energia comercializada.
Os custos de conclusão de Angra 3 serão pagos no valor de venda da energia ao mercado regulado. Ou seja, estarão embutidos na conta de luz do consumidor residencial e rural, além de comércios e empresas menores.
Em 2019, a Eletronuclear contratou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para estruturar um modelo de financiamento para a conclusão das obras.
O BNDES estuda o modelo de contratação de serviços de engenharia para a conclusão das obras e de financiamento no mercado – a ser remunerado pela tarifa de energia. Esses estudos foram deliberados pelo CNPE nesta terça-feira (10).
Justiça suspende embargo das obras da usina nuclear Angra 3
Em abril, o governo ainda não tinha uma posição formada sobre Angra 3. Na ocasião, Silveira falou com jornalistas que aguardava estudos do BNDES e que, a partir desses estudos, iriam tomar uma decisão.
Na ocasião, o ministro confirmou que a tarifa de Angra 3 está em torno de R$ 675 a R$ 700 por megawatt-hora (MWh).
Depois, o ministro passou a se posicionar de forma favorável ao empreendimento, fazendo uma “defesa intransigente” da usina.
Angra 3 divide opiniões. Um estudo preliminar da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), apontou custos de R$ 43 bilhões para os consumidores com a conclusão da usina.
O setor contestou os dados do TCU, reforçando que o estudo era preliminar e não refletia os custos reais da usina, objeto de estudo pelo BNDES.
A usina também estava na pauta de negociações entre governo e Eletrobras, dentro de um ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O governo busca retomar o poder de voto na companhia privatizada em 2022.
– Esta reportagem está em atualização