Beto Braga morava nos EUA e foi morto em Ribeirão Preto (SP), em dezembro de 2023, ao ser atraído para um encontro e ter celular roubado. Dois acusados estão presos desde o crime. Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, de 34 anos, foi achado morto em Ribeirão Preto, SP
Arquivo pessoal
A Justiça condenou à prisão os cinco acusados de matar o engenheiro Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, o Beto Braga, em Ribeirão Preto (SP). Em dezembro de 2023, ele foi vítima de latrocínio ao ser atraído para um encontro. O rapaz, que trabalhava e morava nos EUA, passava as festas de fim de ano com a família na cidade.
Gabriel Souza Brito e Marcelo Fernandes da Fonseca foram acusados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de matar o engenheiro para roubar o celular dele. Beto foi morto por estrangulamento. Presos desde o crime, Gabriel e Marcelo tiveram as prisões mantidas pela Justiça após a condenação.
Já Thiago Soares de Souza, Cristhian da Silva Martins e Jonas Manoel Dinardi Alves Teixeira foram acusados de comercialização e receptação do celular roubado. Eles poderão recorrer em liberdade.
Veja as penas:
Gabriel Souza Brito: 26 anos e oito meses de reclusão, em regime inicial fechado
Marcelo Fernandes da Fonseca: 27 anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado
Thiago Soares de Souza: um ano e nove meses de reclusão, em regime inicial semiaberto
Cristhian da Silva Martins: um ano e seis meses de reclusão, em regime inicial semiaberto
Jonas Manoel Dinardi Alves Teixeira: cinco anos e três meses de reclusão, em regime inicial fechado
O g1 busca as defesas dos condenados para comentar o assunto.
Gabriel Sousa Brito (à esquerda) e Marcelo Fernandes Fonseca (à direita) são suspeitos da morte do engenheiro Beto Braga em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
Crime no fim de 2023
Beto tinha 34 anos e vivia em San Diego, nos Estados Unidos. Em dezembro, ele viajou até Ribeirão Preto para passar as festas de fim de ano com a família.
Na noite de 28 de dezembro, três dias antes do Réveillon, o engenheiro saiu da casa dos pais, no bairro Santa Cruz, zona Sul da cidade, dizendo que ia encontrar os amigos.
No dia seguinte, a irmã dele, que também mora nos EUA, recebeu uma mensagem de um desconhecido dizendo que havia encontrado o celular do engenheiro.
Ela avisou a mãe em Ribeirão Preto, que procurou a Polícia Civil para registrar o desaparecimento do filho.
Orientada e acompanhada pelos agentes, a mãe marcou um encontro em um shopping para recuperar o telefone, mas a pessoa não apareceu.
O corpo de Beto foi encontrado na noite de 30 de dezembro, após um motorista de aplicativo, identificado como sendo o profissional que pegou o engenheiro na porta de casa, levar a polícia a um apartamento próximo à Avenida do Café, onde testemunhas disseram que o local era alugado por garotas e garotos de programa.
O corpo de Beto foi achado com os pés amarrados e sinais de violência no pescoço e estava em avançado estado de decomposição.
As investigações chegaram aos garotos de programa Gabriel Sousa Brito e Marcelo Fernandes Fonseca como autores do crime. O laudo do IML apontou que Beto foi morto por estrangulamento.
De acordo com as investigações, Gabriel e Marcelo estrangularam e mataram o engenheiro durante um encontro. Depois, roubaram o celular da vítima, avaliado em R$ 8,2 mil, um par de tênis, cartões bancários e cerca de US$ 800.
A investigação apontou que Thiago Soares de Souza estava com o celular. Ele se apresentou à polícia e contou que havia recebido o smartphone de Marcelo Fernandes Fonseca. O telefone chegou a ser entregue, mas desmontado.