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Lista da Interpol? Corretor de SC suspeito de aplicar golpe imobiliário tem prisão decretada

O corretor de imóveis suspeito de ter aplicado um golpe imobiliário milionário em mais de 40 famílias em Penha, Litoral Norte de Santa Catarina, teve a sua prisão deferida pela Justiça após o pedido da Polícia Civil, bem como o bloqueio de bens e veículos. O homem segue foragido.

Conforme a Polícia Civil do estado, o órgão recebeu a informação, durante o inquérito, de que ele poderia estar no exterior. Por isso, também foi solicitado ao juiz que comunicasse a Interpol, Organização Internacional de Polícia Criminal, sobre a prisão, o que também foi deferido.

Famílias vítimas d golpe imobiliário segurando faixa 'golpe do terreno'

Mais de 40 famílias são vítimas de golpe imobiliário em Penha – Foto: Arquivo ND

Corretor de SC teve registro suspenso

O suspeito já havia tido seu registro profissional suspenso no último dia 25 de outubro pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (CRECI-SC).

Conforme o CRECI-SC, com isso, o corretor está impedido de exercer quaisquer atividades relacionadas à intermediação imobiliária e utilizar o título de corretor de imóveis durante a vigência da portaria.

Polícia Civil investiga golpe imobiliário

A PCSC também investiga se o suspeito teria agido sozinho ou com a ajuda de outros envolvidos no esquema.

“Para nós está bem claro o crime de estelionato. A Polícia Civil já instaurou o inquérito policial, já está intimando todas as vítimas para darem depoimento e prestarem suas declarações aqui na unidade policial de Penha e, daí para frente, nós prosseguiremos com todas as investigações”, afirma o delegado da Polícia Civil Angelo Fragelli.

O suposto estelionatário, natural de Penha, teria dito aos compradores ser dono das propriedades e que teria comprado de uma loteadora da região. A venda teria sido feita com documentos aparentemente corretos, contratos e procurações.

No entanto, ele teria usado uma brecha na lei para revogar as procurações logo após as assinaturas, sem que os compradores soubessem.

Mais de 40 famílias são vítimas de golpe imobiliário em Penha – Foto: Arquivo ND

Mulher perde R$ 65 mil em golpe imobiliário

Uma das vítimas do suposto estelionato foi a técnica de enfermagem Micherlane Morais. Ela conta que só queria proporcionar uma vida melhor para a sua família.

“Eu e meu esposo lutamos muito por cada centavo para conquistar e para investir. A gente fez isso e estou me deparando com todo esse alvoroço, descobri que tem mais compradores no lote, na casa que comprei”, lamenta Micherlane.

A técnica de enfermagem pagou R$ 65 mil na entrada e aguardava para começar a quitar as parcelas, mas descobriu que perdeu tudo.

Mais de 40 famílias são vítimas de golpe imobiliário em Penha – Foto: Arquivo ND

Mulher vendeu casa no RS para morar em Penha

Outra vítima do suposto crime foi a Bruna Pratis, instrutora cirúrgica, que havia vendido uma casa em Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul, para morar no Litoral Norte catarinense.

Bruna conta que investiu R$ 70 mil de entrada, mas o sobrado, que deveria ser dela, também teria mais seis compradores.

“Quando viemos para cá, ficamos encantados, as ruas eram sem saída, as árvores tinham tucanos, aqui era um ambiente gostoso. As crianças desciam de bicicleta, a gente já estava imaginando a vida aqui. O problema é o sonho da gente, o sonho de várias pessoas”, ela compartilha.

Mais de 40 famílias são vítimas de golpe imobiliário em Penha – Foto: Arquivo ND

Corretor teria permitido visitas em sobrados e terrenos

Visando dar mais credibilidade ao negócio fraudulento, o corretor teria permitido a visita das famílias aos sobrados e outros terrenos, localizados no bairro Nossa Senhora de Fátima.

Com isso, o suposto profissional teria se aproveitado do interesse das pessoas e realizado a venda para vários compradores ao mesmo tempo, recebendo os valores da entrada ou até integral do imóvel.

Na tentativa de evitar novos golpes, algumas das vítimas escrevam um alerta na parede. Segundo as pessoas que afirmam terem sido lesadas, a quantia repassada ao suspeito se aproximaria de R$ 2 milhões.

 

 

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