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Militar envolvido em plano para matar Lula roubou dados de engenheiro para tentar golpe

O tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, preso na operação Contragolpe, da PF (Polícia Federal), realizada na terça-feira (19), usou dados de um engenheiro para planejar o golpe que pretendia matar o presidente Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Usou dados de engenheiro para planejar atentado

Tenente Rafael Martins usou dados de engenheiro para esconder sua identidade – Foto: Reprodução/R7/ND

Para o que o militar usou os dados de engenheiro?

Segundo noticiado pela Agência Brasil, Rafael Oliveira roubou os dados do engenheiro Lafaiete Teixeira Caitano para cadastrar uma linha telefônica usada para planejar o golpe de Estado.

Essa prática segundo os investigadores, é uma técnica militar conhecida como anonimização, pela qual se tenta dificultar identificação de quem realiza o contato. O telefone recebeu 1.423 ligações entre maio de 2022 e dezembro do mesmo ano.

Como o roubo de dados de engenheiro aconteceu

O roubo dos dados aconteceu quando Lafaiete bateu seu carro contra o do militar. O acidente ocorreu entre a Rodovia BR-060, entre Brasília e Goiânia, em 24 de Novembro de 2022. Rafael alegou que precisava do documento de CNH de Lafaiete para fazer o trâmite com a seguradora.

Dados de engenheiro foram usados para planejar atentado que pretendia matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes – Foto: Antônio Augusto/Secom/TSE/Reprodução/ND

A vítima enviou o documento junto de seus dados, acreditando que o militar agia de boa fé. Com os dados em mãos, o militar então cadastrou uma linha telefônica no nome de Lafaiete. O tenente usou o número cadastrado para conversar com outros militares que pretendiam realizar o atentado que tinha o presidente Lula como alvo.

“Credo! Nunca soube nada sobre um outro telefone em meu nome além do meu. Nenhuma operadora jamais me comunicou isso e este número com o qual estamos conversando é o único que habilitei”, disse Caitano em entrevista à Agencia Brasil.

PF encontrou provas do roubo de dados de engenheiro no celular do militar

A Polícia Federal descobriu a fraude telefônica ao encontrar fotos dos documentos de CNH e do carro do engenheiro. Além de Lafaiete, Rafael cadastrou outra linha telefônica no nome de um morador de Belo Horizonte, em junho de 2022.

A equipe da Agência Brasil tentou contato com a defesa de Rafael Oliveira, mas até o momento não obteve retorno.

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