Começou a maior demolição mecânica de um prédio residencial já realizada no Brasil, e claro que ela é feita em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, justamente na Avenida Atlântica, que tem o metro quadrado mais valorizado do país.
A ação busca viabilizar o novo empreendimento, a Embraed adquiriu os 16 apartamentos que compõem o edifício Ivo Agostinho Roveda, de 20 andares e 60 metros de altura, possibilitando a demolição completa da estrutura.
Nesta terça-feira (19), foram içadas ao topo do edifício duas escavadeiras hidráulicas de 5,5 toneladas cada, com o uso de um guindaste com capacidade para 200 toneladas.
A estratégia de desconstrução mecânica foi escolhida pela Embraed para garantir segurança e controle ao longo de todo o processo, além de reaproveitamento de resíduos.
Demolição dará lugar a arranha-céu de 270 metros de altura
A operação abrirá espaço para um novo empreendimento, planejado para ocupar uma posição de destaque no cenário urbano brasileiro, com altura prevista de 270 metros, o mais alto já erguido pela construtora e deve entrar no ranking dos mais altos do país.
“No lugar do edifício atual, vamos construir um empreendimento que simbolize a qualidade e a inovação que marcam a trajetória da Embraed, o que irá refletir no desenvolvimento econômico. Em uma operação desse porte, a segurança é nossa prioridade” explica Tatiana Rosa Cequinel, CEO da Embraed.
“Dedicamos dois meses ao desenvolvimento de um plano de gerenciamento de demolição, com foco na proteção dos trabalhadores e das pessoas no entorno, garantindo que cada etapa ocorra com máxima precisão”, completa.
Outro foco importante é a destinação sustentável dos materiais resultantes da demolição. “Mais de 90% do entulho será reciclado em uma usina que separará concreto, madeira, fios e vidro, que no futuro serão utilizados como insumos para a construção civil. Esse processo de reciclagem é fundamental para minimizar o impacto ambiental da obra e garantir o reaproveitamento eficiente dos recursos”, detalha o engenheiro civil da Embraed, Rodrigo Jardim.
A operação de demolição, que envolve 20 profissionais, deve durar cerca de seis meses e é realizada pela empresa especializada Terra Brasil, contratada pela Embraed para garantir o alto nível de segurança e execução.
Além disso, os itens removidos do prédio foram destinados a instituições de caridade por meio do Instituto Rogério Rosa, braço social da Embraed.
“Portas, janelas, móveis planejados, eletrodomésticos como fogões e geladeiras e até mesmo o elevador panorâmico foram doados. Esse reaproveitamento beneficia as comunidades locais e evita o desperdício de materiais em boas condições de uso”, explica o engenheiro.